O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, pediu a prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) e da desoneração da folha de pagamentos pelo menos até 2017. "Pleiteamos a prorrogação não apenas até 2013, mas pelo menos até 2017 e, se possível, que seja permanente", afirmou durante audiência pública da comissão mista que analisa da MP 601/2012, que prorroga o Reintegra e desonera a folha de pagamentos dos setores da construção civil e varejista.
Castro afirmou que o Brasil exporta tributos, que são gerados ao longo da cadeia produtiva. Tanto o Reintegra quanto a desoneração da folha de pagamentos, segundo ele, são formas de amenizar esse efeito. Ele defendeu, ainda, a exportação de bens manufaturados - que, de acordo com ele, são os que geram empregos. "O Brasil está parado no tempo em termos de exportação de manufaturados. Se a exportação das commodities cair por algum motivo, o Brasil não poderá fazer nada", afirmou.
"Commodities é um mercado instável. O preço e a quantidade são definidos pelo importador, diferente do que acontece com os manufaturados." Ele apresentou uma pesquisa que mostra que os 14 países que mais exportam trabalham com produtos manufaturados. Nesse ranking, o Brasil está em 22º.
A reunião, que acontece agora no Congresso Nacional, conta ainda com a presença de representantes da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (CONTEE) e do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), além dos parlamentares que integram a comissão.
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