(Eugênio Moraes)
As vendas no varejo nacional tiveram aumento de 0,7% em novembro ante o mês anterior, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada na última quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Minas Gerais, o crescimento foi de 1,3% no mesmo confronto.
Na comparação entre novembro de 2013 e novembro de 2012, o salto foi de 7,0% no Brasil e de 5,3% no Estado, o quarto melhor resultado do país. O destaque, aqui, foi para os eletrodomésticos (10,6%), combustíveis e lubrificantes (7,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (6,8%).
Segundo a economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Iracy Pimenta, fatores como as taxas de desemprego em patamares estáveis e o aumento da renda das famílias contribuíram para as variações positivas.
“A continuidade do aumento real do salário dos trabalhadores foi o que possibilitou o acesso maior a setores como o de eletrodomésticos”, afirma Iracy.
Cenário nacional
No Brasil, o bom desempenho do varejo foi impulsionado, principalmente, pelas vendas de móveis e eletrodomésticos, que reagiram após dois meses em baixa e avançaram 1,5%, no confronto novembro-outubro.
Outro desempenho favorável foi o do setor de supermercados e demais lojas de alimentos e bebidas, cujo crescimento foi de 1,1%. A atividade foi beneficiada pelo movimento de fim de ano e pelo pagamento da primeira parcela do décimo terceiro.
Alerta
Apesar do balanço positivo, a economista alerta para um ano de aumento da inflação e da taxa básica de juros, conforme apontam as perspectivas de especialistas para 2014, o que pode resultar em índices de inadimplência mais acentuados.
“Com a inflação maior, o consumidor tem mais dificuldade de manter suas finanças em dia e acaba se tornando inadimplente. No ano passado, a inadimplência na cidade chegou a 4,48%, mais do que em 2012”, diz Iracy.