As mudanças anunciadas pelo Banco Central nas regras dos depósitos compulsórios em setembro já levaram a uma redução de R$ 29,454 bilhões nesse estoque de recursos, o valor está próximo da estimativa feita na época pela autoridade monetária, que previa impacto de R$ 30 bilhões.
Dados do BC mostram que o saldo passou de R$ 382,024 bilhões no final de agosto para R$ 352,570 bilhões no final de outubro, uma queda de 8%. As mudanças atingiram o compulsório a prazo, que recuou de R$ 86,323 bilhões para R$ 69,277 bilhões no período, e o recolhimento da exigibilidade adicional, que caiu de R$ 132,445 bilhões para R$ 120,569 bilhões.
Elas foram anunciadas em 14 de setembro, mesmo dia em que o BC liquidou os bancos Cruzeiro do Sul e Prosper. Considerado um dos principais seguros do país contra crises de falta de liquidez, o compulsório terminou 2011 no maior nível da história, R$ 448,542 bilhões. Desde então, esse saldo já recuou R$ 95,972 bilhões, ou 21%.
Nesta quinta-feira, o BC anunciou ajustes na norma divulgada em setembro, com objetivo de ampliar o número de bancos cujas carteiras de crédito, quando vendidas, geram abatimento no recolhimento do compulsório a prazo para o banco comprador.
A mudança desta quinta entra em vigor imediatamente, produzindo efeitos para o período de cálculo do recolhimento nesta semana (5 a 9 de novembro), cujo cumprimento se dará de 16 a 22 de novembro.
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