Conar arquiva processo de preconceito contra peludos em campanha da Gillette

Thiago Santos - Folhapress
19/04/2013 às 15:31.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:58

SÃO PAULO (Folhapress) - O Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar) arquivou na quinta-feira (18) o processo contra campanha da Gillette por suposta discriminação contra homens peludos. A campanha veiculada no Carnaval deste ano usava a expressão "quero ver raspar", incentivando os homens a rasparem os pelos peitorais.

Segundo o órgão, a modalidade de discriminação por características estéticas não está prevista no código de conduta da entidade. O código prevê discriminação somente em temas que envolvam raça, religião, sexualidade, nacionalidade e posicionamento político.

Por esse motivo, o conselho responsável pelo caso decidiu de forma unânime pelo arquivamento do processo. A denúncia contra a campanha surgiu após o Conar receber mais de 50 denúncias de consumidores alegando a discriminação contra homens peludos, usando termos como "ditadura estética".

A assessoria de imprensa do Conar afirmou que as denúncias poderiam, somente, enquadrar a peça publicitária como um "comercial de mau gosto", o que foge da esfera de influência do órgão. A Gillette e a agência publicitária responsável pela campanha apresentaram em sua defesa o argumento de que se tratava de uma peça humorística, o que poderia ser evidenciado pelos seus principais personagens: a apresentadora Sabrina Sato e o cantor sul-coreano Psy.

A assessoria de imprensa da Gillette afirmou que a empresa prefere não se pronunciar sobre a decisão.

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