Somente no dia de pico, 17 de fevereiro, são esperadas mais de 36 mil pessoas (Arquivo Hoje em Dia)
A concessão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, vai decolar. O anúncio será feito nesta quinta-feira (20), às 10 horas, pela presidente Dilma Rousseff. Entre autoridades e empresários mineiros, a expectativa é a de que, com a participação do setor privado, as obras do aeroporto, hoje bastante atrasadas, finalmente voem alto. O resultado do leilão, esperam, aparecerá em forma de mais investimentos e melhor gestão do terminal já saturado.
Para a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico e Social de Minas Gerais, Dorothea Werneck, a privatização é positiva. “Temos que esperar até amanhã (hoje). Mas a concessão é uma maneira de, através dos investimentos, acelerar as obras de ampliação. Isso beneficiará todo o Estado”, diz. Uma outra fonte ligada à cúpula do Governo de Minas afirmou que a União teria inclusive aceitado condições propostas pelo Estado. As sugestões, entretanto, não foram detalhadas.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Luiz Fernando Pires, acredita que a concessão pode ser uma espécie de salvação da lavoura. “A parceria com a iniciativa privada trará velocidade na liberação de investimentos e, principalmente, eficácia no modo de gerir. Qualquer um que viaja por Confins já percebeu a lástima que é”, diz.
Lincoln Gonçalves, presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), também vê a entrada de empresas privadas na administração de Confins com bons olhos.
“A privatização do aeroporto vai observar três variáveis: demanda de tráfego, demanda industrial e internacionalização. Esse último é o abacaxi de Confins. O governo estadual força a barra dizendo que o terminal é o que tem maior potencial no país, mas ainda estamos muito atrás de Galeão e Viracopos, entre outros”, adverte.
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