BRASÍLIA - O Consórcio Aeroportos Brasil, que a partir de terça-feira (13) assume a gestão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), vai dispensar 273 trabalhadores da Infraero, o que corresponde a 34% da equipe dessa companhia no local. Os servidores serão realocados em outras unidades. Parte das vagas será preenchida por funcionários contratados diretamente pela concessionária. Pelas regras do leilão, desde agosto o aeroporto já está concedido à iniciativa privada. Mas, nos primeiros três meses, a gestão era compartilhada entre o consórcio e a Infraero, que ficava à frente da operação. A partir de terça-feira, os papéis se invertem e o Aeroportos Brasil passa a encabeçar as operações. O mesmo acontecerá com os aeroportos de Guarulhos (SP), cuja gestão privada começa na quinta-feira (15), e de Brasília, em 1º de dezembro. Ampliação O aeroporto de Viracopos vai ganhar uma nova pista auxiliar até o próximo ano, além da complementação da pista de taxiamento. O investimento nessas obras será de R$ 50 milhões, de acordo Santana. Hoje, Campinas só tem uma pista de pouso e decolagem. Segundo o executivo, a pista usada para taxiamento dos aviões foi projetada para ser a pista auxiliar da unidade, mas, por problemas nos projetos, acabou não sendo concluída. A ideia é aumentar a largura e o cumprimento dessa pista, para permitir seu uso por aviões de médio porte, e complementar a pista de taxiamento que estava sem uso. Essas obras não estavam previstas no contrato que prevê que o consórcio gastará cerca de R$ 9,5 bilhões em obras na unidade nos próximos 30 anos. Em outubro, por causa da quebra de uma aeronave, o aeroporto ficou por 45 horas fechado cancelando cerca de 500 voos e prejudicando cerca de 25 mil passageiros. "Se houvesse a pista [quando houve o acidente] nenhum voo da Azul seria cancelado", afirmou Santana. A empresa aérea tem 85% dos voos comerciais do aeroporto. Santana também informou que a Munique Airports, empresa alemã responsável pelo aeroporto de Munique, vai continuar dando consultoria para a brasileira na administração. Segundo ele, a conversa sobre uma possível sociedade com a companhia alemã depende de uma decisão dos estrangeiros.