Depois de dois meses de queda, o industrial brasileiro voltou a ter mais confiança na economia e na sua empresa em fevereiro, conforme divulgou nesta quinta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu 1,4 ponto na comparação com janeiro, atingindo a marca de 58,1 pontos. O patamar é muito próximo do verificado em fevereiro do ano passado, quando estava em 58,2 pontos. O Icei varia de 0 a 100 pontos, com valores acima de 50 mostrando que os empresários seguem confiantes.
Apesar da mudança de direção do indicador que caiu em dezembro de 2012 e em janeiro deste ano, a CNI enfatizou por meio de comunicado que a trajetória sugere a continuidade de um "lento processo de recuperação da produção industrial nos próximos meses". Para a entidade, o aumento deste mês foi "tênue", já que o indicador vem oscilando em torno de 57,5 pontos há seis meses "sem caracterizar uma tendência de crescimento". A média histórica do índice é de 59,2 pontos.
A Confederação argumentou que a percepção do empresário sobre as condições atuais reforça essa avaliação, já que o índice ficou muito próximo da linha divisória dos 50 pontos - 49,4 pontos. A CNI entende que isso significa "uma percepção neutra" sobre os negócios.
As expectativas do industrial para os próximos seis meses, porém, subiram 1,4 ponto este mês sobre janeiro, chegando a 62,3 pontos. Pelo levantamento da entidade, o maior aumento da confiança foi detectado entre as pequenas empresas, que registraram crescimento de 2 pontos ante janeiro, atingindo 57,4 pontos. As médias empresas tiveram uma elevação de 1,3 ponto, para 57,3 pontos, enquanto as grandes avançaram 1,2 ponto, para 58,9 pontos. O levantamento da CNI foi realizado entre 1º e 18 de fevereiro com 2.257 empresas (807 pequenas, 884 médias e 566 de grande porte".
Regiões
Em relação às regiões, o Nordeste segue com o grupo de industriais mais otimistas. O Icei lá ficou em 61,7 pontos este mês ante 59,1 pontos em janeiro e 61,7 pontos em fevereiro do ano passado. No Norte (60,5 pontos) e no Centro-Oeste (60,4 pontos), os indicadores ficaram muito próximos. A pontuação do Sul está em 57,0, enquanto o Sudeste continua como a região menos confiante, com 54,9 pontos.
Atividade
Em relação à atividade, a indústria extrativa segue como a mais otimista, com 58,7 pontos este mês. O Icei da indústria da construção ficou em 58,3 pontos e o da indústria de transformação, em 57,5 pontos. Neste setor, que é o que possui maior variedade de segmentos, vale destacar que a indústria de impressão e reprodução foi a que demonstrou maior otimismo este mês, com 63,1 pontos. Já as menos confiantes são a de madeira e outros equipamentos de transporte, com 52,6 pontos, cada.
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