Confiança do setor de serviços piora em agosto, diz FGV

Estadão Conteúdo
28/08/2014 às 09:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:58

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 3,1% na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira (28).

O indicador saiu de 107,3 pontos para 104,0 pontos no período. Trata-se do menor nível desde abril de 2009 (103,4 pontos). Com o resultado, o ICS se mantém abaixo de sua média histórica, que é de 122,8 pontos. Em julho, o índice já havia recuado 0,6%.

A piora do ICS foi determinada pelas expectativas. O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 5,7%, para 120,6 pontos, após alta de 4,3% em julho. Já o Índice de Situação Atual (ISA-S) teve alta de 0,8% em agosto, para 87,4 pontos, depois de recuo de 7,2% na mesma base.

A coleta de dados para a edição de agosto da sondagem foi realizada entre os dias 04 e 26 de agosto e obteve informações de 2.231 empresas.

A queda de 3,1% no Índice de Confiança de Serviços (ICS) em agosto foi o oitavo resultado negativo consecutivo, de acordo com a FGV. Apesar de uma leve melhora na percepção sobre o momento atual, as perspectivas sobre os próximos meses pioraram intensamente, na esteira de uma expectativa de demanda menor.

"Passados os efeitos negativos da Copa do Mundo sobre o nível de atividade corrente, a reação observada em agosto no Índice da Situação Atual (ISA) foi bastante moderada. Pelo lado das expectativas, a elevação observada em junho e, especialmente, em julho, não se confirmou, e o índice voltou a cair", observou a instituição, acrescentando que o dado reforça sinais de um cenário de baixo crescimento até o fim do ano.

Segundo a Fundação, a queda de 5,7% nas expectativas foi disseminada entre os setores, atingindo os 12 segmentos pesquisados e ambos os dois quesitos que fazem parte do indicador futuro.

As perspectivas para a demanda ficaram 6,3% piores do que em julho. A proporção de empresas que esperam demanda maior nos próximos três meses diminuiu de 37,4% para 31,9% na passagem para agosto. Por outro lado, a fatia de empresas que aguardam redução da demanda passou de 9,7% para 12,3% no período.

Ainda do lado das expectativas, o indicador que mede o grau de otimismo em relação à tendência dos negócios recuou 5,1% contra julho. De acordo com a FGV, a proporção de empresas que projetam melhora nos próximos seis meses caiu de 37,4% em julho para 32,7% em agosto. Já a parcela das que esperam piora passou de 9,4% para 11,2%.

Em outro sentido, a ligeira melhora do ISA-S (+0,8%) na margem também foi disseminada entre os 12 segmentos. O quesito que mais influenciou positivamente o indicador agregado foi o volume de demanda atual, ao crescer 5,6% na margem, após recuar 8,6% em julho.

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