Confins privatizado começa a operar quase sem novidades

Agência Estado
12/08/2014 às 19:42.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:46
 (Aeroporto de Confins/Divulgação)

(Aeroporto de Confins/Divulgação)

O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, começou nesta terça-feira (12) a ter sua infraestrutura operada pela concessionária BH Airport, mas quem frequenta o terminal notou poucas mudanças.

A alteração mais perceptível para os passageiros foi o aumento nas taxas de embarque, que já havia sido definido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em maio passado, além de pontos de informação que servem como uma espécie de "ouvidoria" para receber reclamações e sugestões dos usuários.

Na prática, as mudanças que terão mais impacto no dia a dia de quem passa pelo aeroporto devem ocorrer a partir do início do ano que vem. Este é o prazo previsto para a conclusão das obras de ampliação do terminal 1, que foram iniciadas pela Infraero e deveriam ter sido finalizadas antes do início da Copa do Mundo.

Essa ampliação elevará a capacidade do aeroporto dos atuais 10,3 milhões de passageiros anuais - já alcançada - para 11,8 milhões. Até abril de 2016 o BH Airport terá que entregar o terminal 2, cuja construção está prevista para ser iniciada ano que vem, e que permitirá o uso do terminal por "mais de 20 milhões de passageiros por ano", segundo o consórcio.

Além disso, o Plano de Melhorias de Infraestrutura (PMI) apresentado pelo BH Ariport prevê ainda 14 novas pontes de embarque e novas salas de embarque remoto, totalizando 23 pontes, novos balcões de check-in e esteiras para devolução de bagagem, novo espaço para passageiros de voos internacionais, a criação de 1.455 novas vagas de estacionamento (totalizando 4.015 vagas) e a ampliação do pátio de manobra de aeronaves, todos previstos para a mesma data. "Esse é um prazo contratual. Em 30 de abril de 2016 nós concluiremos essa etapa com todas aquelas implementações que colocamos", afirmou o presidente do consórcio, Paulo Rangel.

O BH Ariport, formado pelo grupo CCR e pela Zurich Airport International, conquistou o direito de operar o aeroporto em novembro passado, com uma proposta de R$ 1,8 bilhão. O contrato prevê que o consórcio poderá administrar o terminal por 30 anos, prorrogáveis por mais cinco.

O grupo prevê investimentos de R$ 1,5 bilhão no aeroporto nos próximos 10 anos, valor que sobe para R$ 3,5 bilhões até o fim do contrato. Os aportes incluem a conclusão da ampliação da pista atual e a construção de uma nova. Também deve ser finalizado o terminal 3, batizado de "puxadinho", que seria construído inicialmente para funcionar na Copa do Mundo e que, segundo Rangel, servirá como "apoio" para o terminal 2. A meta é ampliar a capacidade do espaço para 43 milhões de passageiros por ano até 2043.

Nos próximos 90 dias, o aeroporto será administrado pelo BH Airport com supervisão da Infraero, que pode estender o prazo por outros três meses. Os atuais 270 funcionários da Infraero que trabalham no local poderão ser aproveitados pelo consórcio. Caso contrário, de acordo com o presidente da estatal, Gustavo do Vale, eles poderão ser remanejados ou terão opção de aderir ao Plano de Demissões Voluntárias (PDV) da empresa.

Obras

Nos próximos meses, quem passar pelo aeroporto ainda terá que conviver com o movimento de operários e a poeira das obras de reforma e modernização do atual terminal de passageiros e de adequação do sistema viário, que foram suspensas antes do início da Copa. Orçado atualmente em R$ 255,3 milhões, o projeto tinha 50% de conclusão em 31 de maio, segundo o Portal da Transparência.
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