As economias mexicana e brasileira deveriam aprofundar seus laços comerciais, avaliou o cônsul do México em São Paulo, José Gerardo Traslosheros. "Um acordo com o Brasil seria muito interessante e importante. É uma possibilidade porque, pelas regras do Mercosul, o Brasil só poderia negociar um acordo com o México", disse Traslosheros, que participou nesta sexta-feira do seminário "Para onde vai a América Latina", organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio.
Ele lembrou que as exportações do México para seu principal parceiro comercial, os Estados Unidos, foram prejudicadas pelo avanço da participação chinesa na balança comercial norte-americana. "O setor privado mexicano é muito dependente do ciclo dos EUA", completou o cônsul.
No mesmo seminário, a economista Mônica de Bolle, diretora do Instituto de Estudos de Política Econômica Casa das Garças e professora da PUC-Rio, avaliou que o sucesso da indústria manufatureira mexicana deveria servir de exemplo de competitividade para o Brasil. Ela ressaltou que o ambiente de negócios mexicano é melhor do que o brasileiro. "O México tem um setor manufatureiro dinâmico", afirmou.
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