Consumidores cobram da Cemig explicações sobre energia mais cara em Minas

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
21/02/2013 às 06:38.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:12
 (ABr)

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O Conselho de Consumidores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pediu esclarecimentos à estatal sobre a quantidade de energia gerada por térmicas adquiridas no ano passado. A entidade solicitou, ainda, que fosse apresentada uma comparação entre o volume de energia termoelétrica comprada pela Cemig e por outras companhias.

Mais cara do que a adquirida de fontes hidrelétricas, a energia térmica foi a principal responsável pelo possível aumento de 11,23% na tarifa residencial da companhia mineira a partir de 8 de abril, quando a estatal passará pelo 3º Ciclo de Revisão Tarifária.

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As solicitações foram feitas durante reunião técnica realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na manhã da última quarta-feira (20), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Segundo o presidente do Conselho de Consumidores da Cemig, José Luiz Nobre Ribeiro, foram dadas explicações sobre a metodologia utilizada pela Aneel para chegar ao índice de 11,23%. “A princípio, não encontramos nada que possa ser contestado. Ao que tudo indica, a conta de luz vai ficar mais cara em abril. Trata-se de uma metodologia”, afirma.

O aumento de 11,23% para residências e a queda média de 2,51% para indústrias foram propostos pela Aneel cinco dias após a presidente Dilma Rousseff determinar a redução de 18,14% na tarifa residencial e de até 32% na tarifa industrial da concessionária. As quedas são reflexo da Medida Provisória (MP) 579, que diminuiu as tarifas mediante renovação antecipada das concessões de linhas de transmissão e de usinas.

Caso a alta na conta de luz seja confirmada, a proposta da Aneel vai reduzir para 6,91% o efeito prático da queda exigida pela União nas tarifas residenciais. Em contrapartida, vai elevar o benefício às indústrias, passando para 34,51% a queda média.

Os prazos para a realização da revisão tarifária são estipulados em contrato. No caso da Cemig, o processo é feito a cada cinco anos. A intenção é fazer um encontro dos gastos e das receitas das distribuidoras e, assim, garantir o equilíbrio econômico-financeiro das companhias.

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