Consumidores devem gastar R$ 226 com presente do Dia dos Pais, 42% a mais que em 2024
Inflação e mudança na escolha dos produtos são os principais fatores responsáveis pelo aumento do tíquete médio
Pesquisa aponta que os consumidores devem gastar, em média, R$ 226,77 (Freepik/Divulgação)
Pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) aponta que os consumidores devem gastar, em média, R$ 226,77 no presente do Dia dos Pais em 2025. O valor é 42% maior que o tíquete médio do ano passado, de R$ 159,91. Segundo o levantamento, as vendas em agosto, impulsionadas pela data, celebrado no próximo domingo (10), prometem injetar R$ 1,76 bilhão na economia da capital mineira.
Segundo o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, inflação alta e mudança na escolha dos presentes estão entre os principais fatores pelo aumento do valor gasto. ‘‘Os juros altos afetam diretamente os produtos que os comerciantes compram. Então, eles compram mais caro e repassam isso para o consumidor’’, disse o representante dos lojistas belo-horizontinos.
O levantamento da CDL aponta que cinco em cada dez consumidores irão presentear os pais com roupas. Cosméticos foram citados por 19,2% e calçados, por 17,9%. Também entram na lista: acessórios (5,1%), instrumento musical (3,8%) e guloseimas (2,6%). Os itens a seguir foram citados por 1,3%: eletrônicos (fone de ouvido, smartwatch, celular), itens de decoração, material esportivo, utensílios domésticos.
"As pessoas estão priorizando presentear com produtos pessoais’’, acrescenta Marcelo de Souza e Silva. A pesquisa da CDL-BH ouviu 200 consumidores da capital, entre 17 e 20 de julho. Segundo a entidade, o intervalo de confiança é de 95%, com margem de erro de 6,9%.
Os presentes mais citados têm o seguinte valor, em média:
- Roupas: R$ 204,90
- Cosméticos: R$ 303,60
- Calçados: 176,90
- Acessórios: R$ 225
A pesquisa mostra ainda que a movimentação será marcada pelo pagamento via PIX (escolha de 24,24% dos ouvidos pela entidade) e pesquisa de preços (60,3%).
A CDL afirma que o comportamento está atrelado aos descontos obtidos ao pagar à vista. "Está crescendo o número de pessoas que pesquisam os preços de forma digital, mas querem fechar nas lojas físicas, onde conseguem um desconto melhor pagando à vista, pelo PIX ou com dinheiro’’, afirma o presidente da entidade.
* Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca
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