Coreia do Sul desconsidera ação contra recursos externos

Agencia Estado
16/09/2012 às 13:30.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:19

O presidente do Banco da Coreia, Kim Choong-soo, afirmou que o banco central da Coreia do Sul não está considerando adotar mais medidas para conter um possível aumento na entrada de recursos depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) lançou um novo pacote de estímulo à economia americana. "Já lançamos algumas medidas macroprudenciais. Precisamos de um pouco mais de tempo para ver se tais passos têm efeito. Até o momento, eles têm funcionado", declarou Kim à imprensa na sexta-feira, com a condição de que os comentários fossem divulgados apenas neste domingo.

Depois de um plano similar para compras de títulos lançado pelo Banco Central Europeu (BCE) no início deste mês, o Fed anunciou que planeja comprar US$ 40 bilhões em títulos lastreados em hipotecas, ao menos até que o mercado de trabalho apresente condições melhores. Mas o movimento do Fed despertou rumores de que economias da Ásia, como a Coreia do Sul, provavelmente devem ver uma enorme entrada de capitais, na medida em que os investidores enxergarem melhores retornos.

"Você não pode parar o fluxo de capitais porque é o mercado (quem decide). O que é importante para nós é controlar a volatilidade (do fluxo dos fundos)", afirmou Kim.

O governo sul-coreano está adotando uma série de medidas desde 2010, depois que o Fed iniciou a segunda rodada de afrouxamento quantitativo, em novembro de 2010, para evitar fortes entradas de capitais. Entre as restrições estão limitar as posições de bancos no mercado futuro de câmbio, tarifar o investimento estrangeiro em bônus locais e fazer uma cobrança sobre o endividamento dos bancos fora do país. As informações são da Dow Jones.
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