Crise do império ‘X’, de Eike Batista, chega à Six, em construção na RMBH

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
06/09/2013 às 06:52.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:42

A crise do império do empresário Eike Batista acaba de esbarrar na Six Semicondutores, em construção em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Segundo especulações de mercado, o empresário estaria vendendo a participação de 33,02% da EBX no empreendimento. Ao lado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que detém a mesma porcentagem, a EBX é majoritária no negócio.

Os demais sócios são a IBM, com 18,08%, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com 7,2%, a Matec Investimentos, com 6%, e a Tecnologia Infinita WS-Intec, que detém 2,6%. Juntos, os acionistas irão aportar R$ 1 bilhão no negócio. A EBX teria que aportar R$ 245 milhões. Tornar o investimento realidade ficou difícil depois que as ações das companhias comandadas por Eike começaram a derreter.

Sem capital, o empresário iniciou a renegociação das dívidas, inclusive com o parceiro na Six, o BNDES. O banco aceitou renegociar parte do dinheiro devido.

Segundo fonte que acompanha o assunto, o BNDES, que também é majoritário, não deve aumentar a participação no empreendimento. “A previsão é a de que outra empresa privada assuma a parte da EBX”, afirmou.


Em dia

O BDMG também não deve ampliar a participação na Six, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck. Ainda de acordo com ela, a saída da EBX – não confirmada pela assessoria de imprensa da empresa – não vai interferir no futuro do empreendimento.

Dorothea afirma que as obras estão em dia. “Estão até mais adiantadas do que o previsto no cronograma”, diz.

Com entrada em operação prevista para 2015, a Six promete ser a mais moderna fábrica de semicondutores do Hemisfério Sul, permitindo que o país ingresse em um setor de alta tecnologia. Chips para aplicações industriais e médicas, não fabricados no Brasil atualmente, serão produzidos no local. A fábrica deve suprir a demanda nacional.
 
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