(HY Brazil Energia/Divulgação)
A crise econômica que atinge a Europa teve consequências, também, no mercado de crédito de carbono em todo o mundo. A desaceleração da atividade implicou em redução na produção industrial e na emissão de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, desobrigando as empresas a comprar créditos em países em desenvolvimento. O chamado mercado de crédito de carbono foi instituído pelo Protocolo de Kyoto. Na prática, empresas de países que já atingiram o limite de emissão de GEE estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) compram de empresas de países em desenvolvimento o direito de emitir mais por meio da aquisição de créditos gerados a partir de projetos que visam a redução ou a compensação da emissão de carbono. Má fase A recente prorrogação do Protocolo por mais oito anos garantiu a sobrevida desses projetos, mas, segundo especialistas, se não forem estabelecidas metas mais agressivas para os países desenvolvidos e se não houver melhora da situação da Europa, principal comprador de créditos, o mercado deixará de ser vantajoso para as nações em desenvolvimento. “Antigamente, cada crédito valia €19. Agora, está na faixa dos € 0,30 . Nesse preço, ninguém tem incentivo para elaborar projetos, custeá-los e acompanhar o desenvolvimento deles”, afirma o sócio-diretor da WayCarbon, empresa de consultoria em mudanças climáticas, Henrique Pereira. Mercado nacional Atualmente, o Brasil figura entre os três maiores mercados de créditos de carbono do mundo. Minas Gerais está na vice-liderança do país, atrás apenas de São Paulo. “A maior parte dos projetos brasileiros está relacionada à energia renovável e a maioria dessas empresas está em território paulista, o que justifica a segunda colocação de Minas”, diz Pereira. Leia mais sobre os projetos em Minas na Edição Digital