O custo de vida no município de São Paulo avançou 0,61% na passagem de abril para maio, informou nesta segunda-feira, 10, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O porcentual de variação do ICV em maio praticamente dobrou quando comparado ao mês de abril, quando o avanço foi de 0,31%.
Segundo a pesquisa, o grupo Saúde avançou 2,47%, contribuindo com 0,35 pontos porcentuais no resultado da inflação de maio. O aumento foi registrado nos seguintes subgrupos: Assistência médica (2,60%) e Medicamentos e produtos farmacêuticos (1,94%).
No subgrupo dos medicamentos e produtos farmacêuticos o reajuste foi de 1,94%. O grupo já soma alta de 5,50% no último bimestre, já que em abril já havia sido elevado.
Os grupos Habitação e Alimentação também registraram alta, com 0,92% e 0,22%, respectivamente. No caso da habitação, todos os três subgrupos registraram aumentos: Locação, Impostos e Condomínio (0,75), Operação (1,16) e Conservação (0,43).
Já no grupo Alimentação, apenas o subgrupo Fora do Domicílio teve aumento (1,18%). Os outros dois, In natura e Semielaborados e Indústria da Alimentação tiveram quedas leves: 0,04% e 0,02%, respectivamente. Os produtos in natura e semielaborados tiveram variações positivas e negativas. Entre as positivas estavam, por exemplo, limão (17,79%), batata (8,57%) e feijão (5,31%). Nas negativas, o pimentão teve forte queda de 15,22% e o tomate - que devido a elevação de preços registrada no início do ano virou símbolo da alta dos preços - teve queda de 11,39% em maio.
Somados, esses três grupos - Saúde, Habitação e Alimentação - têm elevação de 0,62 ponto porcentual no ICV.
Por outro lado, os grupos Equipamento Doméstico e Transporte tiveram queda de 0,93% e 0,19%, respectivamente. O subgrupo Móveis, dentro de Equipamentos domésticos, teve queda de 3,33%, seguido por Rouparia (0,68%) e Utensílios Domésticos (0,16%). O grupo Eletrodomésticos teve alta de 0,66%. No grupo Transportes, o individual teve queda de 0,28%, influenciado principalmente pela queda de 0,73% no preço dos combustíveis. O transporte coletivo se manteve estável. Segundo comunicado emitido pelo Dieese, nos últimos 12 meses - de junho de 2012 a maio de 2013 -, o ICV teve aumento de 6,87%.
http://www.estadao.com.br