A temporada anual de compras das festas de fim de ano foi moderada para muitos varejistas, indicam dados preliminares, refletindo o que alguns especialistas antecipavam que seria o crescimento mais fraco dos gastos desde a recessão de 2008.
Nas oito semanas entre 28 de outubro e o Natal, as vendas no varejo para as festas de fim de ano aumentaram 0,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento Spending Pulse, feito pela MasterCard.
Após registrar queda de 5,5% em 2008, a temporada de festas mostrou forte recuperação em 2009 e 2010. No ano passado, as vendas no varejo cresceram cerca de 2% nesse período, de acordo com dados da operadora de cartões de crédito, baseados na atividade em sua rede de pagamentos e em estimativas para todas as outras formas de pagamentos, incluindo recursos à vista e cheques. Os dados excluem restaurantes e vendas de automóveis, alimentos e gasolina.
"É uma temporada perdida", disse Michael McNamara, vice-presidente de pesquisa e análise da Spending Pulse, referindo-se às vendas de 2012. "As vendas e o volume foram praticamente os mesmos do ano passado, mas o crescimento foi marginal", resumiu.
Para a consultoria de varejo Customer Growth Partners, 2012 parece ser a pior temporada de vendas para as festas desde 2009. As vendas, de acordo com dados da consultoria, cresceram quase 2,8%, bem abaixo do salto de 5,8% registrado em 2011. Essas estimativas se baseiam em dados do governo, informações de varejistas e observações de pesquisadores em lojas, shoppings e na internet.
Até mesmo as vendas online, que tiveram crescimento de dois dígitos nos últimos anos, registraram ganhos moderados em 2012. Nesta temporada, as vendas tiveram um aumento de 8,4% em relação a 2011, para US$ 48 bilhões, segundo a Spending Pulse.
Uma estimativa separada feita pela comScore, que estuda tendências de compras de um milhão de consumidores online e transforma os dados em estatísticas para um projeto amplo sobre comportamento do consumidor americano, o desempenho das vendas online neste ano ficou um ponto porcentual abaixo do esperado, mostrando que as vendas online cresceram 16% em relação ao ano anterior. As informações são da Dow Jones.
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