O comércio eletrônico via dispositivos móveis era quase invisível há cerca de três anos no mercado brasileiro de vendas on-line. Hoje, é uma das apostas das empresas que fazem questão de estarem presentes na web. De acordo com pesquisa da E-bit, referência em comércio eletrônico no Brasil, o m-commerce, que em português significa “comércio móvel”, responde por cerca de 2% das vendas pela internet. Em 2012, atingiu R$ 561 milhões em faturamento.
O diretor-presidente da empresa em inteligência digital Web Consult , Leonardo Bortoletto, justifica que as expectativas positivas em relação ao m-commerce estão diretamente ligadas ao aumento do uso dos dispositivos móveis no país.
“Enquanto o comércio eletrônico cresce, em média, 20% ao ano, o número de pessoas conectadas à internet por meio de smartphones ou tablets praticamente dobra a cada ano”, aponta Bortoletto.
O faturamento do m-commerce em 2013, de acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Abranet), pode chegar aos R$ 2 bilhões, quase o quádruplo do apurado em 2012.
No entanto, para Bortoletto, é preciso que a qualidade da internet móvel no Brasil melhore. “Todo tipo de investimento em infraestrutura de banda larga no Brasil, tanto por parte do governo quanto por parte das operadoras, vai contribuir para o aumento do comércio eletrônico via dispositivos móveis. Com internet de qualidade na palma da mão, o consumidor tem mais chances e mais confiança para fazer do aparelho um instrumento de transações financeiras”, afirma.
Segundo o consultor em vendas e diretor da IBVendas, Mário Rodrigues, o ticket médio de quem opta pelo m-commerce é, em média, o dobro do padrão do comércio eletrônico.
“As empresas têm que estar cada vez mais presentes no caminho digital que os consumidores vêm fazendo. Antes, eles precisavam de estímulos como o rádio ou a TV para despertar os desejos e, em seguida, procurarem a loja mais próxima. Hoje, esses estímulos estão literalmente na palma da mão e a qualquer momento eles podem finalizar uma compra”, pontua, lembrando que as empresas devem ficar atentas à nova forma de o consumidor lidar com sua decisão de compra.