Déficit nominal também foi o pior da série, diz Maciel

Anne Warth e Adriana Fernandes
28/12/2012 às 13:15.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:07

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou que o déficit nominal do setor público registrado em novembro, de R$ 21,8 bilhões, foi o pior resultado para meses de novembro da série. No acumulado do ano, o déficit nominal foi de R$ 112,1 bilhões, também o pior da série para o período de janeiro a novembro.

No acumulado de 12 meses encerrados em novembro, o déficit nominal de R$ 130,7 bilhões foi o pior desde outubro de 2009, quando o resultado foi de R$ 139,2 bilhões. Na proporção do PIB, o déficit nominal representou 2,98% do PIB nos 12 meses encerrados em novembro, o pior desde agosto de 2010, quando o resultado foi de 3,25% do PIB.

Maciel prevê que a déficit nominal das contas do setor publico deve fechar o ano entre 2,2% e 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa previsão leva em conta o crescimento do PIB de 1%, IPCA de 5,69%, IGP-DI de 8,13%, taxa Selic média e taxa de câmbio de R$ 2,05.

Ele informou ainda que a dívida bruta do governo deve fechar 2012 entre 59,6% e 59,7% do PIB. A previsão da gastos com o pagamento de juros em 2012 é de 4,8% do PIB. A dívida líquida deve fechar 2012 entre 35% e 35,2% do PIB. Segundo ele, o resultado vai depender do montante de recursos que o governo vai utilizar das despesas pagas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o cumprimento da meta fiscal de 2012.

Além dessas previsões, o chefe do Depec informou que a dívida líquida atingiu em novembro o menor patamar da série: 35% do PIB.

Resultado positivo

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central avaliou como positivo e favorável o resultado fiscal em 2012, dado o cenário econômico de maior dificuldade enfrentado pela economia brasileira. Ele destacou que foi um ano difícil em termos fiscais em função da moderação da atividade econômica.

"Mesmo nesse cenário, tivemos uma redução expressiva das despesas de juros e, na pior das hipóteses, o déficit nominal se manterá estável", avaliou. "Vejo um quadro global que, dadas as condições, a parte fiscal tem cumprido um bom desempenho", acrescentou.
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