A presidente da República, Dilma Rousseff, pediu nesta terça-feira, durante discurso na 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, o fim do embargo econômico contra Cuba. De acordo com ela, a ilha caribenha está em processo de mudança de seu sistema econômico e o embargo é um impedimento para o avanço do país. "O progresso de Cuba é prejudicado pelo embargo econômico, que prejudica a sua população".
Se referindo a "país irmão", a presidente pediu o apoio dos países-membros da ONU para o fim do embargo econômico. "É chegada a hora de acabar com esse anacronismo do embargo", afirmou. "Para seguir em frente, Cuba precisa do apoio de todos."
No discurso, Dilma disse, ainda, que o Brasil segue "empenhado" em trabalhar por um ambiente de democracia e paz. Que atuará para manter a sua região de influência livre de armas de destruição em massa e defendeu a integração entre os países da região, seja por meio do Mercosul seja pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul). "Integração e democracia são princípios inseparáveis", completou.
Dilma encerrou o discurso pedindo aos representantes dos países presentes à 67ª Assembleia-Geral respeito às diferenças, igualdade e inclusão social. Para isso, invocou o espírito olímpico. "Proponho que todas as nações se deixem iluminar pelos ideais da chama olímpica" vista durante a Olimpíada de Londres. Dilma citou a importância da ONU na relação entre países em um quadro mundial de multipolaridade. "É preciso que, na multipolaridade, cooperação predomine sobre confronto", para completar: "A ONU é extremamente necessária nesse cenário de multipolaridade que nós nos encontramos".
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