Dilma ressalta importância da usina de Estreito

Iuri Dantas, enviado especial
17/10/2012 às 14:06.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:18

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que a inauguração da usina de Estreito, no Maranhão, é algo bastante importante para o Brasil, pois faz parte de um momento em que houve obstáculos a obras do setor de uma forma mais ágil. "Inaugurar essa usina de Estreito é para mim hoje um momento especial porque estamos comemorando anos a fio de dedicação, trabalho, empenho e teimosia. Porque tem muito de teimosia para fazer dessa usina considerando todos os problemas de ordem institucional, regulatório e de equacionamento econômico e financeiro", disse a presidente.

Dilma Roussef destacou que havia convicção de que o Brasil precisava voltar a investir em hidrelétricas. "Sei que o Brasil é um País privilegiado, porque ainda temos fontes hidrelétricas a explorar". A presidente destacou, ainda, que gerar energia a partir dos rios, do ponto de vista ambiental, é bem melhor do que gerar a partir de óleo combustível, diesel e carvão. "É muito mais seguro do ponto de vista de efeitos e consequências do que gerar por energia nuclear", disse, ressaltando também que as hidrelétricas representam uma estratégia de ação mais duradoura. "Quando vencer o contrato da usina, terei 99 anos. Portanto, ela será uma coroa quando eu estiver bastante velha. E espero viver até os 99", afirmou.

Dilma destacou que uma hidrelétrica não emite gases de efeito estufa e isso significa que um projeto de energia renovável também evita que o País precise reinvestir uma quantidade muito grande de dinheiro. "Hoje é o momento de comemorar Estreito, porque são 1.087 megawatt de energia limpa". A presidente disse que essa característica da matriz energética brasileira é que faz o Brasil ser diferenciado, com o privilegio de ter nas fontes hídricas a formação de grande parte da sua eletricidade.

Ela ressaltou, ainda, que "o crescimento não é contraditório com a observação das melhores práticas ambientais". "Aqui estamos diante das melhores práticas na área de energia, que é extremamente desafiadora, que é energia elétrica. Fizemos um grande esforço para estabilizar o setor elétrico no Brasil, para que não haja racionamento, para que as melhores práticas de segurança sejam implantadas. E isso é um projeto que passa por cooperação de setor público e setor privado". Além disso, a presidente ressaltou que o Brasil voltou a investir em linhas de transmissão ao longo de todo o governo Lula. "E vamos, no meu governo, continuar perseguindo isso", completou.
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