A alta dos preços do petróleo deu o tom dos negócios nos mercados globais, com uma possível adesão do Irã ao congelamento da produção em níveis de janeiro. Apesar de novo rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poor's, já na reta final do pregão, o Ibovespa fechou em alta e o dólar recuou, ficando abaixo de R$ 4. Os juros futuros caíram.
Em Londres, o petróleo Brent era negociado no fim da tarde desta quarta-feira (17) em alta de 7,33%, a US$ 34,54 o barril e, nos EUA, o WTI ganhava 5,54%, a US$ 30,65. O avanço do petróleo animou os investidores a buscarem ativos de maior risco, especialmente aqueles ligados a commodities.
Dólar e Juros
No mercado de câmbio, após ter subido nesta terça-feira (16), o dólar à vista fechou em queda de 1,82%, a R$ 3,9804, enquanto o dólar comercial perdeu 1,89%, a R$ 3,9940.
O dólar chegou a reduzir a queda frente ao real após a decisão da Standard & Poor's de rebaixar a nota do Brasil para BB, de BB+, mas o impacto foi limitado porque o país já era classificado como grau especulativo pela agência de classificação de risco.
"É um problema mais de médio prazo do que de curto prazo. Vai demorar mais para o Brasil recuperar o grau de investimento, porque é raro uma agência melhorar o rating duas vezes em um ano", disse o estrategista de renda fixa da corretora Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno.
O movimento no mercado de juros segue a sinalização do Banco Central de que a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano, não deve sofrer novo aumento tão cedo.
Bolsas
O petróleo também impulsionou as altas nos mercados de ações do Brasil, Estados Unidos e Europa, especialmente dos papéis ligados a commodities e ao setor de energia.
Antes do rebaixamento da nota do país, o Ibovespa chegou a subir 3,63%. As ações da Petrobras ganharam 5,40%.
As Bolsas europeias fecharam em alta: Londres (+2,71%); Paris (+2,99%), Frankfurt (+2,65%), Madri (+2,79%) e Milão (+2,48%). Em Nova York, na reta final do pregão, o Dow Jones subia 1,67%, o S&P 500, +1,73%, e o Nasdaq, +2,28%, após a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).