O mercado financeiro reduziu, pela terceira semana consecutiva, a previsão de crescimento da economia brasileira, que caiu de 1,81% para 1,75%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Há quatro semanas, estava em 1,90%. Para 2013, a aposta se manteve em 4,00%, acima dos 4,10% verificados há quatro semanas.
A projeção para o setor industrial em 2012 passou de uma retração de 1% para uma queda de 1,2%, o que representa o 12º recuo consecutivo da previsão. Há quatro semanas, estava em -0,04%. Para 2013, economistas preveem ritmo maior, com avanço industrial de 4,4%, projeção que subiu em relação aos 4,3% esperados na semana anterior e também há quatro semanas.
Analistas elevaram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, de 35,20% para 35,27%. Para 2013, a projeção ficou em 34,00%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 35,50% e 34,00% do PIB para cada um dos dois anos.
IGP-DI
As projeções para os IGPs em 2012 voltaram a subir. A aposta para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) neste ano, segundo pesquisa do BC desta segunda-feira, avançou de 7,70% para 8,03%, a oitava elevação seguida feita pelo mercado. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa subiu de 7,58% para 7,79%.
Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 7,00% para o IGP-DI e de 6,43% para o IGP-M. Para 2013, a estimativa de alta para o IGP-DI passou de 5,00% para 5,01%. Para o IGP-M, a expectativa se manteve em 5% pela 16ª semana seguida.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 passou de 4,30% para 4,32%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 4,51% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe passou de 4,65% para 4,71%, ante 4,85% há quatro semanas.
Os economistas mantiveram a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - em 2012 em 3,50% pela quarta semana. Para 2013, a previsão de alta dos preços administrados manteve-se em 4,38%, ante 4,45% há quatro semanas.
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