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SÃO PAULO - O empresário brasileiro Eike Batista foi considerado por Sydney Finkelstein, colunista da BBC, como o pior presidente-executivo do ano de 2013. Segundo Finkelstein, Eike perdeu 99% da sua riqueza destruindo bilhões de dólares em ações e conduzindo suas fontes primárias de investimento à falência. Para o colunista, o patrimônio do brasileiro desmoronou "como um castelo de cartas". No texto, que descreve o comportamento extravagante de Eike -"casou-se com uma modelo da Playboy, estacionou seu carro de milhões de dólares na sala de estar e foi constantemente o centro das atenções no Brasil"-, finaliza criticando o ego do empresário. "Enquanto egos muito grandes não são incomuns entre magnatas, a construção de negócios rentáveis é a única moeda que conta nesse jogo. E isso não funcionou tão bem", afirma Finkelstein. Dívidas No ano passado, com dívidas de R$ 11,2 bilhões, a OGX deu início ao maior processo de recuperação judicial da América Latina.
A empresa vivia uma crise de confiança desde junho de 2012, quando começou a não cumprir metas de produção. As ações da OGX chegaram a fechar em R$ 0,13 em seu último dia no Ibovespa. No pico, em 2010, elas valiam R$ 23. Com isso, outras empresas criadas para explorar oportunidades relacionadas à OGX entraram em dificuldades. A OSX, empresa naval de Eike e que tinha na OGX sua principal cliente, entrou com o pedido de recuperação judicial em novembro, alegando dívidas de R$ 4,5 bilhões.