Quatro anos após o estouro da crise financeira mundial, os níveis de emprego nas economias desenvolvidas ainda não se recuperaram, segundo relatório divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A entidade, com sede em Paris, disse que 65% da população em idade de trabalhar estava empregada nos 34 países que compõem a organização no terceiro trimestre de 2012, mesma parcela do trimestre anterior. No segundo trimestre de 2008, antes do Lehman Brothers falir e pôr o sistema financeiro global em perigo, essa participação era de 66,5%.
A pesquisa, no entanto, mostra que há um grande descompasso na recuperação dos mercados de trabalho das principais economias. A Alemanha teve o melhor desempenho no terceiro trimestre, com uma fatia de 73% de pessoas empregadas, bem acima dos 69,8% registrados antes da crise. Houve melhora também em relação ao segundo trimestre de 2008 na Áustria, Chile, México, Polônia, Hungria, Suíça e Turquia.
Já as maiores quedas no nível de emprego foram verificadas em países da zona do euro que enfrentam longas crises fiscais e bancárias. Na Grécia, a participação de empregados foi de 50,4% no terceiro trimestre do ano passado, ante 62% no segundo trimestre de 2008, enquanto na Irlanda, a parcela caiu para 58,8%, de 68,3%, e em Portugal, essa fatia recuou para 61,9%, de 68,5%. Houve forte piora também na Espanha e Eslovênia, segundo a OCDE.
Graças em boa parte à forte performance da Alemanha, a taxa de emprego da zona do euro como um todo caiu menos que nos EUA. Na maior economia do mundo, a taxa foi de 67,1% no terceiro trimestre, ante 71,2% no segundo trimestre de 2008. Nos 17 países que compartilham o euro, a taxa média apresentou queda 2,1 pontos porcentuais. As informações são da Dow Jones.
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