Empresários mineiros seguem pessimistas com condições de negócio, aponta Fiemg

Agência Estado
21/05/2015 às 14:16.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:09

Os empresários mineiros seguem pessimistas com as condições de negócio da indústria devido ao ambiente macroeconômico e político desfavorável. Segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial do Estado (ICEI MG), apurado pela Federação das Indústrias de Minas (Fiemg), em maio, houve queda de 0,8 ponto porcentual, passando de 35,7 pontos em abril para 34,9 pontos. Em maio de 2014, o indicador era de 44 pontos.

Na comparação com o ICEI nacional, que ficou em 38,6 pontos, os empresários mineiros continuam sendo os mais insatisfeitos. Minas Gerais possui uma maior exposição nos setores de mineração e siderurgia, cujos valores de produtos em dólar estão muito baixos, além do automotivo, cujas vendas estão em trajetória de queda. Várias empresas estão diminuindo sua produção no Estado.

Na composição do índice, o que pesou foi a insatisfação com as condições de negócios da economia brasileira, seguidas das estaduais e das condições da própria empresa. Pela análise por tamanho da indústria, as de pequeno porte são as mais pessimistas, embora o índice tenha melhorado na mesma base de comparação (de 30,1 pontos em abril para 31,6 pontos em maio). Já a confiança das médias e grandes indústrias mineiras recuou no período, para 33,8 pontos e 31,1 pontos, respectivamente. Para os próximos seis meses, o empresariado segue insatisfeito com os mesmos temas. "O resultado reflete o cenário de incertezas econômicas e a falta de perspectivas de melhora no curto prazo", explica a Fiemg.

A Federação também divulgou nesta quinta-feira, 21, a sondagem industrial, um indicador antecessor dos dados oficiais da indústria mineira. Em abril, o levantamento mostrou a manutenção da atividade industrial no Estado, com forte queda na produção (de 45,6 pontos em abril para 36,5 pontos). Além disso, o nível de capacidade instalada (30,4 pontos ante 34 pontos) foi o mais baixo desde o início da série histórica.

"As empresas continuam mostrando dificuldade para regular os estoques, e mesmo com a queda na produção o nível de estoques de produtos finais cresceu (52,3 pontos) e encerrou o mês acima do planejado (53,1 pontos)", informa a Fiemg.

Para os próximos seis meses, ainda conforme a sondagem, os empresário esperam recuo na demanda interna e externa, comprarão menos matéria-prima e farão menos contratações. "O indicador de intenção de investimento também está mostrando tendência de queda, indicando que as medidas de ajuste fiscal podem dificultar a retomada de investimento das empresas", diz a entidade.
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