O governo da Espanha aprovou hoje um conjunto de medidas para acelerar as reformas no setor bancário do país, que foi atingido pela fraqueza do setor imobiliário nos últimos cinco anos.
As medidas estabelecem os parâmetros para a criação de um "banco ruim", que assumirá créditos podres e imóveis executados judicialmente de bancos comerciais, ampliando a proteção aos investidores.
Em entrevista coletiva após reunião do gabinete, a vice-primeira-ministra Soraya Sáenz de Santamaría disse que as reformas têm o objetivo de sanear os bancos da Espanha de uma vez por todas, após as ações adotadas nos últimos três anos falharem em pôr fim à crise financeira que forçou Madri a assumir o controle de quatro bancos, incluindo o Bankia, que no passado foi o terceiro maior banco do país em ativos.
"Nós devemos sanear o setor financeiro para que os bancos voltem a fazer empréstimos", disse Soraya. "O objetivo principal desta reforma é fazer o crédito voltar a fluir para a economia."
As medidas também atendem os compromissos assumidos pela Espanha como parte de um pacote de resgate de até 100 bilhões de euros (US$ 125 bilhões), aprovado em julho pela União Europeia para o combalido setor bancário espanhol. O acordo do pacote estabelece a criação de uma empresa de administração de ativos, o "banco ruim", que começará a assumir créditos podres ainda este ano. As informações são da Dow Jones.
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