Espanha quer evitar projeção desfavorável do FMI

Agencia Estado
09/10/2012 às 08:52.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:56

O ministro das Finanças da Espanha, Luis de Guindos, disse que o governo está fazendo tudo que pode para colocar sua economia nos trilhos após o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzir suas projeções de crescimento para o país, num cenário que pode ameaçar as metas de Madri para redução do déficit fiscal e deixa os espanhóis mais sujeitos a pedir um pacote de ajuda internacional.

Guindos não rechaçou as projeções do FMI - divulgadas na segunda-feira como parte de um relatório semestral mundial -, que sugerem que a economia espanhola continuará encolhendo rapidamente no ano que vem, em contraste com a previsão da própria Espanha de que a retração diminuirá bastante.

O FMI disse esperar que a economia da Espanha apresente contração de 1,5% este ano e de 1,3% em 2003. A previsão de Madri para 2012 bate com a do Fundo, mas a do ano que vem é bem menos pessimista, de -0,5%. Muitos economistas dos setor privado têm projeções semelhantes às do último relatório do FMI. Se a Espanha não conseguir cumprir a meta de crescimento do ano que vem, poderá também não ser capaz de reduzir seu déficit orçamentário.

"Tudo que posso dizer é que o governo espanhol está tentando evitar que essas projeções se tornem realidade e é por isso que estamos implementando nossa política econômica", disse Guindos.

Ao ser perguntado se a Espanha vai pedir um programa de ajuda, o ministro respondeu que o país vai continuar implementando seu programa de reformas. "No momento, é importante para o governo continuar seu programa de reformas, continuar cortando seu déficit público e desfazer todas as dúvidas sobre o futuro da zona do euro", disse.

Para 2013, a meta da Espanha é reduzir seu déficit fiscal para 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. As informações são da Dow Jones.
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