O Banco Central avalia que, desde setembro, quando divulgou o Relatório Trimestral de Inflação anterior, os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram "elevados". Em particular, de acordo com o BC, os que são consequência do processo de desalavancagem nos principais blocos econômicos.
Apesar disso, o BC enxerga no documento publicado nesta quinta-feira um recuo na probabilidade de ocorrência de "eventos extremos" nos mercados financeiros internacionais.
No relatório desta quinta-feira, a avaliação é de que a economia global tem enfrentado um período de incerteza "acima da usual", com perspectivas de baixo crescimento por "período prolongado". Isso, apesar da recente acomodação nos indicadores de volatilidade e de aversão ao risco.
"Altas taxas de desemprego por longo período, aliadas à implementação de ajustes fiscais, ao limitado espaço para ações anticíclicas e a incertezas políticas, traduzem-se em projeções de baixo crescimento em economias maduras, principalmente na Europa", diz o documento.
Em relação à política monetária, o BC salientou que as economias maduras persistem com posturas fortemente acomodatícias. Já nas economias emergentes, conforme o documento, o viés da política monetária se apresenta expansionista, de um modo geral.
O BC lembrou que isso se conjuga, em alguns casos, com outras ações anticíclicas. "Nesse cenário, destacaram-se a valorização dos principais mercados acionários, o aumento nas cotações das commodities metálicas, e a manutenção da trajetória de recuperação do segmento imobiliário dos Estados Unidos.
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