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Exportações do agronegócio mineiro alcançam US$ 17,1 bilhões em 2024 e batem novo recorde

No acumulado do ano, segmento superou em 2,5% a receita da mineração, até então tradicionalmente dominante; bom desempenho é puxado pela valorização e aumento da demanda do café

Do HOJE EM DIA
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09/01/2025 às 16:32.
Atualizado em 09/01/2025 às 16:33
Bom desempenho do café, carro-chefe das exportações do agro mineiro, foi fundamental para o resultado (Seapa/ Divulgação)

Bom desempenho do café, carro-chefe das exportações do agro mineiro, foi fundamental para o resultado (Seapa/ Divulgação)

As exportações do agronegócio mineiro alcançaram o valor recorde de US$ 17,1 bilhões em 2024, confirmando o bom desempenho dos meses anteriores e fechando o ano com o melhor resultado das vendas externas dos produtos agropecuários de toda a série histórica, realizada desde 1997.

O desempenho foi tão significativo que superou em 2,5% a receita da mineração, segmento tradicionalmente dominante das exportações do estado, que alcançou US$ 15,7 bilhões no ano passado.

No acumulado de janeiro a dezembro, a receita teve acréscimo de 19,2%, na comparação com o mesmo período de 2023. Os embarques de produtos agropecuários de Minas Gerais representaram cerca de 42% da pauta mineira de exportação. Além do valor, o volume cresceu 8%, com o embarque de 17 milhões de toneladas, também se destacando como o maior já comercializado.

Devido aos resultados, Minas Gerais subiu uma posição no ranking nacional dos estados exportadores de produtos agropecuários e agora ocupa o quarto lugar, ultrapassando o Rio Grande do Sul.

Lá fora

Em relação ao comércio com a União Europeia, o Estado foi o principal fornecedor de produtos do agro, com US$ 4,4 bilhões de dólares, superando São Paulo.

"Minas Gerais tem alcançado números impressionantes no agro. Queremos que o Estado seja, cada vez mais, um dos grandes fornecedores de alimentos para todo o mundo", disse o vice-governador, Mateus Simões.

Na avaliação do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, o agronegócio mineiro vem mostrando força e importância para o Estado como fonte geradora de emprego, renda e alimentos de qualidade. “Os números consolidam o Estado como uma potência no setor agropecuário”, afirmou.

A pauta exportada pelo agronegócio mineiro engloba um mix de 644 diferentes produtos agropecuários, que foram enviados para 175 países.

Os principais destinos foram a China (US$ 4,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,9 bilhão), Alemanha (US$ 1,4 bilhão), Bélgica (US$ 788 milhões) e Itália (US$ 726 milhões).

Café

O bom desempenho do café, carro-chefe das exportações do agro mineiro, foi fundamental. A valorização da moeda americana e a redução dos estoques dos principais países produtores puxaram para cima a cotação na bolsa, influenciando o cenário de comercialização.

Em 2024, o café registrou seu melhor desempenho em receita e volume embarcados com US$ 7,9 bilhões e 31 milhões de sacas. A commodity representou 46,1% do total comercializado no ano passado.

Já o complexo soja (grão, farelo e óleo) registrou queda de 10,2% na receita e aumento de 7,1% no volume. O resultado foi de US$ 3,2 bilhões e 7,2 milhões de toneladas.

O complexo sucroalcooleiro manteve-se na terceira posição, entre os principais produtos do agro, com a marca de US$ 2,5 bilhões e 5,2 milhões de toneladas.

Todas as proteínas (bovina, frango e suína) obtiveram crescimento em receita e volume. O setor alcançou US$ 1,7 bilhão e 502 mil toneladas.

Já o setor de produtos florestais atingiu o recorde em receita de US$ 1,1 bilhão e 1,7 milhão de toneladas. Outros segmentos também avançaram nas exportações, com destaque para produtos hortícolas, couros, fibras e produtos apícolas.

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