As exportações de celulose da indústria brasileira totalizaram 795 mil toneladas em fevereiro, uma expansão de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados preliminares divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). O resultado também foi 25,2% superior ao total comercializado em janeiro deste ano.
No acumulado do primeiro bimestre, as vendas externas brasileiras somaram 1,430 milhão de toneladas, acréscimo de 0,4% em relação ao mesmo intervalo de 2012. A receita brasileira com exportações cresceu 0,7% no bimestre e somou US$ 774 milhões (preço FOB). A alta é explicada principalmente pelo aumento de 11,2% na receita de vendas para a América do Norte, em um total de US$ 139 milhões.
As vendas para a Europa, maior mercado da celulose brasileira, encolheram 5% em igual base comparativa e somaram US$ 323 milhões. A receita na China cresceu 3,4% e totalizou US$ 245 milhões.
A despeito do maior volume de vendas, a produção brasileira de celulose encolheu 1,4% em fevereiro em relação a igual período do ano passado, totalizando 1,162 milhão de toneladas. No acumulado do bimestre a produção alcançou 2,406 milhões de toneladas, uma expansão de 2,8% ante 2012
Venda interna de papel cresce
A Bracelpa informou também que a indústria brasileira vendeu 421 mil toneladas de papéis no mercado doméstico em fevereiro, segundo dados preliminares. O montante representa uma expansão de 3,4% em relação a igual período do ano passado. Possivelmente em função do maior volume de vendas locais, as exportações brasileiras de papel encolheram 15,9% em igual base comparativa e somaram 132 mil toneladas.
Na comparação com janeiro, ambos os indicadores apresentaram queda, tendência explicada pela sazonalidade do mercado e a incidência do Carnaval. As vendas domésticas encolheram 7,7% e as exportações, 20,5% nessa base de comparação.
No acumulado do primeiro bimestre, as vendas internas cresceram 7% e somaram 877 mil toneladas. As exportações, por sua vez, encolheram 6,9%, para 298 mil toneladas.
A despeito do menor volume comercializado no mercado internacional, a receita da indústria brasileira com as exportações somou US$ 318 milhões (preço FOB), expansão de 1,6% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. A alta é explicada por um acréscimo de 42,3% na receita de vendas para a América do Norte, as quais somaram US$ 37 milhões.
A série de medidas do governo federal que visa dificultar a importação de papel continua apresentando resultados. Embora as importações tenham crescido 0,9% em fevereiro e somado 107 mil toneladas, as compras externas no bimestre apresentam queda de 5,8%. Entre janeiro e fevereiro foram importadas 213 mil toneladas de papel.
O estudo da Bracelpa mostra também que o consumo interno de papéis cresceu 2,2% no bimestre, o que confirma a perda de competitividade do produto importado em relação ao papel nacional. A demanda interna totalizou 1,609 milhão de toneladas no período.
O melhor ambiente contribuiu para que a produção da indústria nacional apresentasse alta de 1,6% no bimestre, para um total de 1,694 milhão de toneladas.
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