(Eugênio Moraes - Hoje em Dia)
As Olimpíadas de 2016 serão realizadas no Rio de Janeiro, mas a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) garantiu uma maneira de assegurar uma fatia dos benefícios que o evento trará. De olho na demanda – e na oferta insuficiente de serviços do vizinho fluminense –, os mineiros já estão se qualificando para dividir os louros. A estratégia foi detalhada pelo presidente da Fecomércio-MG, Lázaro Luiz Gonzaga, personagem da seção “Página 2 Entrevista”, que será publicada na edição desta segunda-feira (10) do Hoje em Dia. “Estamos vestindo a camisa da capacitação, sobretudo para despertar os empresários para as oportunidades que serão trazidas por esse intercâmbio”, afirma Gonzaga. Representatividade Segundo ele, a Fecomércio-MG carrega uma responsabilidade muito grande de conseguir projetar Minas no cenário mundial, uma vez que a entidade representa grandes empregadores, que são as micros e pequenas empresas, correspondentes a 99,11% dos prestadores de serviços e turismo no Brasil. “É uma força de emprego muito grande. A indústria, hoje, está toda automatizada. Você faz uma grande indústria com 30 ou 40 funcionários, só para ficar ali por perto acompanhando as máquinas. No nosso caso, não, o trabalho é cada vez mais personalizado”, diz o presidente da Federação, que tem sob seu guarda-chuva o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e, mais recentemente, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae). E é justamente por meio do Sebrae que Gonzaga pretende chegar mais perto dos estrangeiros que pisarão o solo brasileiro em dois anos. “O fornecimento de colchões, camas e lavanderia, por exemplo, está sendo preparado agora para 2016. É uma sequência que a gente já tem que colocar em funcionamento. O evento sobrecarregará muito o Rio de Janeiro, então, nós estamos cuidando desse projeto”. A missão, de acordo com o presidente da Fecomércio-MG, vai reforçar a posição da entidade no ranking das entidades nacionais. A federação mineira é, hoje, a terceira maior do país em representatividade econômica, com cerca de 700 mil empresas.