FGv: educação, Leitura e Recreação puxam IPC em janeiro

Gabriela Lara
30/01/2014 às 10:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:41

A principal contribuição para a aceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em janeiro, apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, segundo a Fundação Getúlio Vargas. De dezembro para janeiro, o IPC acelerou de 0,69% para 0,87%. No mesmo período, Educação, Leitura e Recreação saiu de 0,65% para 2,92%, puxado pelo comportamento do item cursos formais (de 0,00% para 6,12%).

Segundo a FGV, também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras quatro classes de despesas. O grupo Alimentação passou de 0,94% em dezembro para 1,06% em janeiro, com contribuição do item carnes bovinas (de 1,60% para 3,24%). O grupo Despesas Diversas saiu de 0,68% no último mês do ano para 1,70% em janeiro, com destaque para cigarros (de 1,12% para 3,58%). O grupo Habitação, por sua vez, subiu de 0,58% em dezembro para 0,60% em janeiro, influenciado principalmente pelo quesito empregados domésticos (de 0,13% para 1,39%). Já o grupo Transportes passou de 0,76% para 0,84%, com contribuição de automóvel novo (de 0,29% para 0,83%).

Por outro lado, três classes de despesa apresentaram decréscimo nas taxas de variação. O grupo Vestuário saiu de 0,69% em dezembro para -0,27% em janeiro, com destaque para o comportamento do item roupas (de 0,88% para -0,40%). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais recuou de 0,50% no último mês do ano passado para 0,44% em janeiro, influenciado por artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,26% para -0,01%). Já o grupo Comunicação recuou de 0,22% em dezembro para 0,02% em janeiro, com contribuição de tarifa de telefonia móvel (de 0,63% para 0,00%).

As maiores influências de alta para o IPC na passagem de dezembro para janeiro foram curso de ensino superior (de 0,00% para 5,66%), curso de ensino fundamental (de 0,00% para 6,80%), gasolina (apesar de diminuir o ritmo de aumento de 2,11% para 1,75%), cigarros (de 1,12% para 3,58%) e refeições em bares e restaurantes (de 0,55% para 0,63%).

A lista de maiores pressões negativas, por sua vez, é composta por leite tipo longa vida (de -5,47% para -6,19%), tomate (de 13,35% para -8,02%), passagem aérea (de 16,85 para -4,45%), tarifa de ônibus urbano (de -0,04% para -0,28%) e vestido e saia (de 0,43% para -1,35%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou de 0,22% em dezembro para 0,70% em janeiro. O grupo relativo a Mão de Obra teve variação de 1,00%, contra 0,21% em dezembro. Já Materiais, Equipamentos e Serviços foi para 0,37% ante 0,23% no mês anterior.

Entre as maiores pressões de alta do INCC-M na passagem de dezembro para janeiro estão ajudante especializado (de 0,24% para 1,01%), servente (de 0,21% para 1,13%), pedreiro (de 0,20% para 0,95%), carpinteiro (de 0,22% para 1,01%) e engenheiro (de 0,14% para 1,10%).

Os itens que mais influenciaram o índice de forma negativa foram tubos e conexões de PVC (de -0,04% para -0,61%), materiais elétricos (de 0,27% para -0,52%), elevador (de 0,12% para -0,06%), tinta à base de PVA (de 0,48% para -0,21%) e perna 3x3/estronca de 3ª (de 0,40% para -0,14%).
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