O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, afirmou nesta segunda-feira que a projeção para o indicador de inflação de outubro da Fundação Getúlio Vargas (FGV) é de 0,50%, um número bem próximo ao verificado em setembro, quando a taxa foi de 0,54%. De acordo com ele, o número de setembro veio dentro do previsto e o resultado em outubro deve continuar "em um nível aparentemente estável e alto".
A estimativa de um resultado parecido com o de setembro fez com que a projeção da FGV para a taxa acumulada de 2012 continuasse em 5,20%. Se este resultado for confirmado, a taxa do ano deve ser menor do que a apurada em 2011, de 6,36%.
"É um patamar abaixo do registrado no ano passado, mas acima do centro da meta", comentou Picchetti, usando como base a meta para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é de 4,5% para 2012, conforme determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo o coordenador do IPC-S, o último trimestre costuma registrar índices mais altos de inflação do que outros períodos do ano. Para ele, em 2012, o efeito sazonal deve se repetir sem grandes alterações em relação aos anos anteriores. "A sazonalidade não deve ser diferente neste ano, porque as próprias medidas de estímulo (do governo federal) até agora mostraram um papel muito reduzido", disse, em referência aos incentivos do governo para reativar a economia nacional.
De acordo com Picchetti, o único fator que poderia mudar o resultado do IPC-S de 2012 seria "um efeito defasado das medidas já adotadas pelo governo". "Não temos nada previsto de diferente para outubro. O que vemos é um movimento de preços nas duas direções se anulando", disse, referindo-se à manutenção da expectativa de 5,20% para o IPC-S em 2012.
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