A principal contribuição de alta que resultou na estabilidade registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em abril veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais. Na passagem de março para abril, o IPC manteve o ritmo de alta em 0,82%. No mesmo período, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais avançou de 0,49% para 0,97%, puxado pelo comportamento do item medicamentos em geral (de -0,03% para 1,49%).
Segundo a FGV, também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras três classes de despesas. De março para abril, o grupo Vestuário passou de 0,25% para 1,09%, com contribuição do item roupas (de 0,22% para 1,41%). O grupo Alimentação saiu de 1,55% para 1,62% no mesmo período, com destaque para laticínios (de 1,22% para 3,00%). Por sua vez, o grupo Despesas Diversas acelerou de 0,36% em março para 0,43% em abril, influenciado principalmente pelo quesito clínica veterinária (de 1,35% para 2,07%).
Por outro lado, quatro classes de despesas apresentaram decréscimo nas taxas de variação. De acordo com a FGV, a principal influência de baixa veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, que desacelerou de 0,67% em março para 0,00% em abril, com destaque para o item passagem aérea (de -2,33% para -14,30%). O grupo Transportes variou de 0,78% para 0,53%, puxado por tarifa de ônibus urbano (de 1,09% para 0,06%). Já o grupo Habitação passou de 0,63% para 0,55%, influenciado principalmente pelo quesito empregada doméstica mensalista (de 1,58% para 0,85%). Por sua vez, o grupo Comunicação, que desacelerou de 0,23% para -0,03% no mesmo período, foi influenciado pelo item pacotes de telefonia fixa e internet (de 1,06% para 0,63%).
As maiores influências de alta para o IPC na passagem de março para abril foram batata-inglesa (apesar de reduzir o ritmo de alta de 34,20% para 27,67%), refeições em bares e restaurantes (de 0,96% para 0,99%), leite tipo longa vida (de 2,30% para 5,92%), plano e seguro de saúde (de 0,69% para 0,70%) e gasolina (de 0,41% para 0,88%).
A lista de maiores pressões de baixa, por sua vez, é composta por passagem aérea (de -2,33% para -14,30%), maçã (de -4,18% para -4,94%), tarifa de telefone residencial (de -0,26% para -0,41%), tarifa de táxi (de 1,88% para -1,33%) e perfume (de 1,20% para -0,44%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) acelerou de 0,22% em março para 0,67% em abril. O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,93% em abril, após o avanço de 0,45% apurado na leitura do mês anterior. O índice relativo a Mão de Obra, por sua vez, variou 0,42%, após ficar em 0,01% em no terceiro mês do ano.
Entre as maiores pressões de alta do INCC-M na passagem de março para abril estão vergalhões e arame de aço ao carbono (de 0,79% para 3,10%), ajudante especializado (de 0,00% para 0,53%), tubos e conexões de PVC (de 2,00% para 4,39%), projetos (de 0,39% para 1,52%) e servente (de 0,04% para 0,40%).
No mesmo período, os itens que mais influenciaram o índice de forma negativa foram condutores elétricos (de 0,55% para -1,84%), ferragens para esquadrias (de 1,34% para -0,86%), produtos de fibrocimento (de 0,19% para -0,08%), taxas de serviços e licenciamentos (de 0,82% para 0,00%) e ladrilhos e placas para pisos (de 0,53% para 0,14%).
http://www.estadao.com.br