Tarifas de Trump sobre aço e alumínio entraram em vigor nesta quarta-feira
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aposta nas negociações bilaterais entre o Brasil e Estados Unidos para tentar reverter a medida do presidente Donald Trump, que impôs tarifa de 25% sobre as importações americanas de aço e alumínio, em vigor a partir desta quarta-feira (12).
Segundo a Fiemg, os desdobramentos sobre a taxação são acompanhados "com atenção", desde o início do ano. A Federação voltou a dizer que, por se tratar de uma medida aplicada a todas as economias e não somente à brasileira, "o cenário colocaria os países em condições de concorrência mais equilibradas".
Para o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, a expectativa é de que o Brasil tenha oportunidade de obter uma vantagem competitiva, uma vez que a indústria local complementa a americana nesse segmento. Além disso, ele acredita que ambos os países podem negociar e encontrar uma solução.
"Entendemos que a negociação é o melhor caminho para Brasil e EUA neste momento. Se houver um acordo, a tendência é de que a exportação de aço brasileiro aumente para os Estados Unidos, com um cenário positivo. Entretanto, se o bom senso não prevalecer, haverá consequências para parte da indústria siderúrgica nacional, especialmente a mineira", afirma Roscoe.
Em janeiro, durante as primeiras ameaças tarifárias do governo norte-americano, o aço brasileiro bateu o recorde de exportações para os Estados Unidos dos últimos quatro anos. Nesse período, os EUA importaram 531 mil toneladas da matéria-prima brasileira, o que corresponde a 56% a mais em comparação com a média mensal de 2024.
Além disso, as importações de aço pelos americanos foram as maiores dos últimos três anos, com 2,8 milhões de toneladas. No ano passado, o Brasil vendeu para os EUA quatro milhões de toneladas, o maior volume desde 2017, quando chegou a 4,6 mi.
Vale lembrar que Minas é um destaque nas exportações de aço, sendo responsável por 30% de toda a produção nacional em 2024. Em relação ao alumínio, o estado responde por cerca de 10% das exportações para os Estados Unidos.
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