O custo da energia elétrica tem mais peso na produção industrial do que o custo da gasolina, afirmou hoje o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini. "Esse reajuste (do preço da gasolina) já era esperado e ocorreria independentemente do que aconteceu com a energia (redução da tarifa). Mas se você me perguntar o que é mais importante para a indústria, se é o custo da energia ou da gasolina, eu diria que claramente é o custo da energia", disse o economista, ao ser questionado sobre a relação entre o corte no preço da energia e o reajuste dos combustíveis.
Para Francini, a redução da tarifa de energia, anunciada pela presidente Dilma Rousseff no último dia 23, e o reajuste no valor cobrado pelos combustíveis nas refinarias, autorizado pelo governo federal a partir da última terça-feira (29), não são medidas que se relacionam. "Eu não faria a junção dos dois assuntos. Me parece que o aumento da Petrobras era absolutamente necessário", afirmou.
Depois de vencida a batalha pela redução do custo de energia, a demanda da Fiesp agora é pela redução do custo do gás. "Para determinados setores da indústria, é um item vital", comentou Francini. De acordo com ele, o governo federal está atento à preocupação da instituição.
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