A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 recuou de 5,71% para 5,70%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,82%. Para 2014, a projeção subiu pela quarta semana consecutiva, de 5,68% para 5,70%. Há quatro semanas, estava em 5,50%.
A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses segue em 5,43%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,51%. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo subiu de 5,79% para 5,84%. Para 2014, a previsão dos cinco analistas segue em 6,05% pela quarta semana. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,81% e de 6,05% para cada ano, respectivamente.
Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em março de 2013 segue em 0,50%, acima do 0,45% previsto há quatro semanas. Para abril de 2013, segue em 0,40%. Há quatro semanas, estava em 0,50%.
Selic
Os economistas consultados na pesquisa mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2013 em 8,50% ao ano. Para o fim de 2014, a mediana das projeções também segue em 8,50% ao ano. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 8,00% e 8,25% ao ano.
A projeção para a reunião do Copom de abril segue em 7,25% ao ano, indicando estabilidade. A projeção para Selic média em 2013 caiu de 7,83% para 7,81% ao ano, ante 7,39% há quatro semanas. Para 2014, segue em 8,50% ao ano, ante 8,38% há quatro semanas.
Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para a Selic no fim de 2013 no cenário de médio prazo caiu de 8,50% para 8,25% ao ano. Para o fim de 2014, segue em 8,50% ao ano.
PIB
A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 caiu de 3,01% para 3,00% na pesquisa. Para 2014, a estimativa de expansão segue em 3,50%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 3,10% e 3,50%.
A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 recuou de 3,12% para 3,00%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 3,85%, ante 3,95% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 3,00% para 2013 e de 3,75% em 2014 para o setor.
Analistas mantiveram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2013 em 34,50%. Para 2014, a projeção subiu de 33,10% para 33,63%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 34,30% e 33,20% para esses dois anos.
IGP-DI
A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2013 subiu de 4,83% para 4,87%. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa subiu de 4,92% para 4,93%. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 5,03% para o IGP-DI e de 5,17% para o IGP-M. Para 2014, a projeção para o IGP-DI subiu de 5,14% para 5,18%. Para o IGP-M, segue em 5,31%. Quatro semanas antes, estavam em 5,00% e 5,31%, respectivamente.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2013 caiu de 5,26% para 5,16%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 5,16% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2014, a projeção segue em 5,00%. Há quatro semanas estava em 4,95%.
Economistas reduziram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - para 2013 de 3,00% para 2,90%. Para 2014, a projeção recuou de 4,50% para 4,00%. Há quatro semanas, as projeções eram de, respectivamente, 3,30% e 4,35%.
Câmbio
A mediana das projeções para a taxa de câmbio ao final de 2013 segue em R$ 2,00 há seis semanas nas estimativas dos analistas consultados. Para o fim de 2014, a mediana segue em R$ 2,05 há três pesquisas. Há quatro semanas estava em R$ 2,06.
Na mesma pesquisa, o mercado financeiro manteve a previsão para a taxa média de câmbio em 2013 em R$ 2,00. Para 2014, a projeção segue em R$ 2,04. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 2,00 neste ano e R$ 2,05 no próximo.
Para o fim de abril, a estimativa passou de R$ 1,99 para R$ 2,00. A mediana das projeções para o câmbio dos analistas do Top 5 médio prazo para o fechamento de 2013 segue em R$ 2,00. Para 2014, segue em R$ 2,02.
Conta corrente
O mercado financeiro elevou a previsão de déficit em transações correntes em 2013 e 2014. A mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano subiu de US$ 65,80 bilhões para US$ 68,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 65,00 bilhões. Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas subiu de US$ 70,67 bilhões para US$ 73,45 bilhões, ante US$ 70,20 bilhões há quatro semanas.
Na mesma pesquisa, economistas reduziram a estimativa de superávit comercial em 2013 de US$ 12,40 bilhões para US$ 11,00 bilhões. Quatro semanas antes, estava em US$ 14,90 bilhões. Para 2014, a projeção recuou de US$ 12,65 bilhões para US$ 12,00 bilhões. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 13,65 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60,00 bilhões para 2013 e para 2014, mesmos valores de quatro semanas atrás.
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