A projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 foi mantida em 5,71%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 06, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,70%. Para 2014, a projeção subiu de 5,71% para 5,76%. Há quatro semanas, estava em 5,70%.
A projeção de inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,55% para 5,59%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,43%. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo segue em 5,76%.
Para 2014, a previsão dos cinco analistas segue em 6,05% pela oitava semana. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,84% e de 6,05% para cada ano, respectivamente. Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em abril de 2013 segue em 0,45, acima do 0,40% previsto há quatro semanas. Para maio de 2013, caiu de 0,32% para 0,31%. Há quatro semanas, estava em 0,33%.
Selic
A previsão para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2013 foi mantida em 8,25% ao ano. Para o fim de 2014, a mediana das projeções também segue em 8,25% ao ano. Há quatro semanas, as duas projeções estavam em 8,50% ao ano.
A expectativa para a Selic no fim de maio segue em 7,75% ao ano, o que indica alta de 0,25 ponto porcentual em relação aos atuais 7,50% ao ano na próxima reunião do Copom, nos dias 28 e 29. A projeção para Selic média em 2013 segue em 7,81% ao ano. Estava em 7,81% há quatro semanas.
Para 2014, segue em 8,50% ao ano. Estava em 8,50% há quatro semanas. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para a Selic no fim de 2013 no cenário de médio prazo recuou de 8,38% ao ano para 8,25% ao ano. Para o fim de 2014, segue em 8,25% ao ano.
PIB
A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 foi mantida em 3,00%. Para 2014, a estimativa de expansão segue em 3,50%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 3,00% e 3,50%.
A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 recuou de 2,83% para 2,39%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 3,55%, ante 3,75% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 3,00% para 2013 e de 3,85% em 2014 para o setor.
Analistas elevaram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2013 de 34,50% para 34,80%. Para 2014, a projeção subiu de 33,90% para 34,00%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 34,50% e 33,63% para esses dois anos.
Câmbio
A mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 segue em R$ 2,00 há dez semanas. Para o fim de 2014, a mediana segue em R$ 2,05 há sete pesquisas. O mercado financeiro manteve a previsão para a taxa média de câmbio em 2013 em R$ 2,00. Para 2014, a projeção continua em R$ 2,04. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 2,00 neste ano e em R$ 2,04 no próximo.
Para o fim de maio, a estimativa segue em R$ 2,00. A mediana das projeções para o câmbio dos analistas do Top 5 médio prazo para o fechamento de 2013 segue em R$ 2,00. Para 2014, segue em R$ 2,02.
Déficit em conta corrente
O mercado financeiro manteve a previsão de déficit em transações correntes em 2013. A mediana mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano segue em US$ 70,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 68,00 bilhões.
Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas subiu de US$ 73,30 bilhões para US$ 74,30 bilhões, ante US$ 73,45 bilhões há quatro semanas. Na mesma pesquisa, economistas reduziram a estimativa de superávit comercial em 2013 de US$ 10,25 bilhões para US$ 10,00 bilhões. Quatro semanas antes, estava em US$ 11,00 bilhões. Para 2014, a projeção caiu de US$ 11,05 bilhões para US$ 10,80 bilhões. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 12,00 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60,00 bilhões para 2013 e para 2014, mesmos valores de quatro semanas atrás.
http://www.estadao.com.br