Na reta final de 2013, analistas do mercado financeiro apresentaram poucos ajustes em suas projeções para a taxa de inflação oficial do País. A principal mudança do boletim Focus desta segunda-feira, divulgada pelo Banco Central, foi nas estimativas suavizadas à frente para o IPCA acumulado em 12 meses, que passou de 6,14% para 6,09%. Há quatro semanas, estava em 6,21%.
Entre os profissionais que mais acertam as previsões para a inflação no médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,80%, e não mais em 5,86% como estava uma semana antes - quatro semanas atrás, estava em 5,88%. No caso de 2014, esse mesmo grupo não revisou a expectativa para a inflação oficial do ano que vem, que deve fechar em 5,68%. Um mês atrás, a projeção era de 5,60%.
Para o final deste ano, a mediana para o IPCA passou de 5,82% para 5,81%. Há quatro semanas estava em 5,85%. Já para 2014, a mediana das previsões para a inflação foi mantida em 5,92% não só de uma semana para outra, como também estava um mês. A estimativa para o IPCA de novembro foi recalculada de 0,65% para 0,64%. A taxa é levemente menor do que a esperada um mês atrás, de 0,67%. No caso da mediana das estimativas para o índice em dezembro, houve manutenção da taxa de em 0,72% ante o porcentual de 0,70% registrado quatro semanas antes.
Juros
Logo após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica e juros, a Selic, em mais 0,50 ponto porcentual, para dois dígitos, profissionais do mercado financeiro decidiram manter suas estimativas para o indicador em 2014. A mediana das previsões para os juros básicos da economia na pesquisa divulgada hoje congelou em 10,50% ao ano. Com o aumento da quarta-feira passada, 25 de novembro, a taxa oficial está em 10% ao ano.
A Selic média para o ano que vem, no entanto, aumentou de 10,28% para 10,31%, ainda fruto do ajuste feito na última pesquisa Focus do BC. Há um mês, a taxa estava em 10,25%. Sem mais reuniões pela frente este ano, a previsão para o final de 2013 ficou obviamente estacionada em 10,00% ao ano - a Focus nem traz mais o número em sua tabela.
Câmbio
As expectativas para o câmbio estão pausadas para 2013 e 2014. A mediana das estimativas para o dólar para o final de 2013 estacionou em R$ 2,30, como já constava na pesquisa Focus da semana passada. A cotação era de R$ 2,25 um mês antes. Para o final de 2014, as previsões para o dólar ficaram estancadas em R$ 2,40 pela 14ª semana consecutiva.
No caso do câmbio médio, houve uma curiosa inversão do comportamento das previsões, já que, para 2013, a taxa ficou estacionada em R$ 2,17, mas foi detectado um leve ajuste para 2014, com a mediana das estimativas passando de R$ 2,35 para R$ 2,36 - quatro semanas atrás, estava em R$ 2,32.
Produção industrial
Continua consistente a trajetória de queda das expectativas do mercado financeiro para a produção industrial deste ano. A mediana das projeções para este indicador em 2013 foi revisada mais uma vez para baixo, saindo de 1,70% na semana passada para 1,69% agora - um mês atrás estava em 1,77%. Para 2014, no entanto, houve estabilidade da estimativa em 2,50%, mesmo nível visto uma semana e também um mês antes.
Apesar dos ajustes do mercado para o comportamento do setor manufatureiro, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 não se mexeram. A mediana para o indicador deste ano seguiu em 2,50% pela sexta semana consecutiva. Para 2014, a previsão mediana foi ajustada de 2,10% para 2,11% de uma semana para outra - há quatro semanas estava em 2,13%.
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