A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 recuou de 3,00% para 2,98% na pesquisa Focus divulgada pelo Banco central nesta segunda-feira, 20. Para 2014, a estimativa de expansão segue em 3,50%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 3,00% e 3,50%.
A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 recuou de 2,53% para 2,50%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 3,50%, ante 3,55% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 3,00% para 2013 e de 3,50% em 2014 para o setor.
Analistas mantiveram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 em 35,00%. Para 2014, a projeção subiu de 34,80% para 34,90%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 34,50% e 33,50% para esses dois anos.
IPCA
A projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 foi mantida em 5,80%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,70%. Para 2014, a projeção também segue em 5,80%. Há quatro semanas, estava em 5,71%. A projeção de inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,57% para 5,64%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,53%.
Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo subiu de 5,81% para 5,87%. Para 2014, a previsão dos cinco analistas segue em 5,40%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,72% e de 6,05% para cada ano, respectivamente.
A mediana das estimativas para o IPCA em maio de 2013 subiu de 0,33% para 0,35%, acima do 0,31% previsto há quatro semanas. Para junho de 2013, segue em 0,29%. Há quatro semanas, estava em 0,29%.
O mercado manteve a previsão para a inflação na média das estimativas para 2013, que segue em 5,83%. Para 2014, a média subiu de 5,75% para 5,76%. Para 2015, passou de 5,36% para 5,38%. Para 2016, de 5,20% para 5,22%. Para 2017, de 5,15% para 5,17%.
Selic
Os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2013 em 8,25% ao ano. Para o fim de 2014, a mediana das projeções também segue em 8,25% ao ano. Há quatro semanas, as duas projeções estavam em 8,25% e 8,50% ao ano, respectivamente.
A expectativa para a Selic no fim de maio segue em 7,75% ao ano, o que indica alta de 0,25 ponto porcentual em relação aos atuais 7,50% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 28 e 29. A projeção para Selic média em 2013 ficou em 7,81% ao ano. Estava em 7,81% há quatro semanas. Para 2014, caiu de 8,50% para 8,33% ao ano. Estava em 8,50% há quatro semanas. Nas estimativas do grupo Top 5 a previsão para a Selic no fim de 2013 no cenário de médio prazo segue em 8,25% ao ano. Para o fim de 2014, também segue em 8,25% ao ano.
Os economistas mantiveram suas projeções para a taxa Selic nas reuniões do Copom de 2013 e 2014. Para 2013, os analistas esperam mais três altas de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros, em maio, julho e agosto, completando um ciclo de aumento de 1 ponto porcentual neste ano. Depois, os juros ficariam estáveis em 8,25% ao ano até o fim de 2014.
IGPs
A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2013 caiu de 4,43% para 4,39%. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa passou de 4,51% para 4,50%. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 4,39% para o IGP-DI e de 4,50% para o IGP-M. Para 2014, a projeção para o IGP-DI segue em 5,10%. Para o IGP-M, caiu de 5,41% para 5,30%. Quatro semanas antes, estavam em 5,10% e 5,30%, respectivamente.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2013 caiu de 4,95% para 4,90%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 5,12% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2014, a projeção subiu de 4,95% para 5,00%. Há quatro semanas estava em 5,00%.
Economistas reduziram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - para 2013 de 2,80% para 2,70%. Para 2014, a projeção subiu de 4,20% para 4,50%. Há quatro semanas, as projeções eram de, respectivamente, 2,85% e 4,00%.
Conta corrente
O mercado financeiro elevou a previsão de déficit em transações correntes em 2013. A mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano passou de US$ 70,05 bilhões para US$ 70,90 bilhões. Há um mês, estava em US$ 68,66 bilhões. Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas subiu de US$ 74,80 bilhões para US$ 75,50 bilhões, ante US$ 73,95 bilhões há quatro semanas.
Economistas mantiveram a estimativa de superávit comercial em 2013 em US$ 9,05 bilhões. Quatro semanas antes, estava em US$ 10,06 bilhões. Para 2014, a projeção caiu de US$ 10,20 bilhões para US$ 10,00 bilhões. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 11,30 bilhões.
As estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60,00 bilhões para 2013 e para 2014, mesmos valores de quatro semanas atrás.
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