França: governo quer reunião com Peugeot e sindicatos

Agencia Estado
06/10/2012 às 13:57.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:51

Autoridades do governo francês pretendem conduzir negociações entre a fabricante de automóveis PSA Peugeot-Citroen e os sindicatos no fim deste mês para discutir os planos de corte de vagas da empresa, informou neste sábado o ministro da Indústria, Arnaud Montebourg.

"Para nós, o objetivo é, primeiramente, reduzir, reformatar e reconsiderar o plano de empregos", disse Montebourg a jornalistas no Salão do Automóvel de Paris. Ele observou que planeja reunir o executivo-chefe da Peugeot-Citroen, Philippe Varin, com líderes sindicais em 25 de outubro.

A declaração do ministro é a mais recente reação do governo aos cortes anunciados pela montadora em julho, que preveem o fechamento de 8 mil postos de trabalho na França. A Peugeot-Citroen foi gravemente prejudicada pelo declínio das vendas no mercado automotivo europeu, onde se concentram as suas operações. O grupo francês perdeu cerca de 350 euros em lucro operacional para cada carro vendido na Europa na primeira metade do ano, revelou Varin durante o Salão do Automóvel na semana passada.

Inicialmente, as autoridades do governo criticaram ferozmente os planos de redução de despesas da montadora, que estuda paralisar a produção em uma fábrica no norte de Paris, em 2014. Mas o discurso se atenuou ao longo do tempo. No mês passado, um relatório encomendado por Montebourg concluiu que a necessidade de "reorganização industrial e corte de empregos infelizmente é incontestável."

Neste sábado, o ministro afirmou que quer envolver a Peugeot em seus planos de recuperação, referindo-se a ela como uma "grande empresa e fabricante que fez muito pela França". Ele acrescentou, entretanto, que a meta é garantir que os planos do grupo sejam "estritamente proporcionais com o que é necessário para relançar a Peugeot, mas sem excessivo impacto social, humano ou industrial".

Representantes da montadora francesa não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. No passado, contudo, o grupo disse que a interação com os sindicatos tem sido "exemplar". As informações são da Dow Jones.
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