O diretor de investimento da Funcesp, Jorge Simino, disse que o retorno oferecido pelo crédito corporativo caiu muito e que a fundação está em busca de alternativas de investimento. Entre as possibilidades, Simino citou o mercado externo, fundos de investimento e ações, acrescentando que as alocações neste último ativo requerem análise ponderada em virtude do ambiente desfavorável nesse mercado.
Durante debate realizado sobre o mercado de empresas emergentes em evento da Fitch Rating nesta quinta-feira em São Paulo, Simino observou que nos últimos três anos a Funcesp aumentou significativamente seus investimentos em crédito corporativo, com essa carteira saindo de 4% para 9%. "Nesse período foi possível fazer isso explorando o crédito corporativo com taxas interessantes", disse. "Essa rota se esgotou ao nosso ver, porque os prêmios encontrados caíram muito", acrescentou.
Simoni não demonstrou entusiasmo com as debêntures de infraestrutura, mas disse que a Funcesp irá analisar as emissões e que uma eventual decisão de compra dependerá da relação risco/retorno e do potencial de liquidez desses títulos. Ele indicou que a ausência de um mercado secundário para as debêntures dificulta muito a decisão de investimento nesses papéis, considerando que a liquidez é um importante sinalizador de preços.
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