Os funcionários do turno vespertino da General Motors (GM) em Gravataí (RS) decidiram nesta quarta-feira, em assembleia, entrar em greve, assim como os empregados da manhã e da madrugada. A GM informou que a greve no turno da madrugada e da manhã não afetou a produção. De acordo com a assessoria da montadora, a maioria "entrou para trabalhar e a produção foi normal". No entanto, a empresa disse que ainda não tem como mensurar o impacto da paralisação do turno da tarde.
Segundo o diretor e tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Gualberto Cetrulo Dusser, no entanto, a paralisação da manhã teve, sim, impacto na produção. "Logo cedo, por duas horas, o setor de funilaria parou completamente e isso afeta a linha de produção completa", disse, explicando que por hora a fábrica produz cerca de 72 carros e que hoje a produtividade caiu para "45 a 50".
Conforme Dusser, o movimento conta com uma adesão de 50% dos trabalhadores nos três turnos. A montadora informou que decidiu "tomar uma medida judicial cabível" e entrou com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Uma audiência de instrução e conciliação foi marcada para esta sexta-feira (26) pela manhã.
Os trabalhadores reivindicam equiparação salarial com os funcionários das fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos (SP). A expectativa agora, afirmou Dusser, é conseguir um acordo intermediário na Justiça. "Se conseguirmos 10% de aumento real e R$ 10 mil de PPR (participação nos lucros e resultados) já seria uma boa proposta", disse. Anteriormente, os trabalhadores de Gravataí pediam 12% de reajuste e R$ 10 mil de abono.
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