GM e metalúrgicos fecham acordo e evitam 1.500 demissões

Do Portal HD *
04/08/2012 às 20:24.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:10
 (GM/Divulgação)

(GM/Divulgação)

Foram necessárias nove horas de discussão para a direçãio da general Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos chegassem a um acordo para evitar a demissão de cerca de 1.500 funcionários na unidade de São José dos Campos (SP). O anúncio foi feito pelo secretário do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Nascimento Melo, durante entrevista coletiva.

Como parte do acerto, será mantida a produção do Classic na unidade em função e uma nova assembleia foi marcada para a próxima terça-feira (7). A empresa também deverá abrir um programa de incentivo a demissões na unidade.
 
Na assembleia, a categoria vai decidir se haverá redução temporária do período de trabalho ou suspensão do contrato de trabalho, durante um período de tempo, que no caso do acordo proposto será de 3 meses e 10 dias. Após a aprovação dos termos, os trabalhadores terão 15 dias de férias coletivas para que seja homologado o compromisso.

O diretor de relações institucionais da GM, Luiz Moan, afirmou que, em quatro meses, o Classic deixará de ser produzido na unidade e até lá somente 900 metalúrgicos serão necessários na linha de montagem chamada de MVA. Ele disse ainda que existe a possibilidade de a fábrica do Vale do Paraíba ser incluída em um novo programa de investimentos, mas vai depender das negociações nos próximos dois meses com o sindicato. "Queremos discutir banco de horas, redução de salários e jornada flexível", citou ele.


O complexo industrial da GM de São José dos Campos abriga 8 fábricas com cerca de 9 mil funcionários, que produzem, separadamente, automóveis, a picape S10 e o utilitário Blazer, além de kits desmontados para exportação, motores e transmissão.
 
No MVA de São José, eram fabricados os modelos Zafira, Meriva, Corsa Hatch, Corsa Sedan e Classic. Hoje, só a última linha funciona: a produção dos 3 primeiros automóveis cessou recentemente. A da Zafira e a da Meriva, neste mês. A do Corsa, na semana passada. O risco de corte, até o fim do ano, ainda existe.

"Afastamos o perigo imediato da demissão em massa e vamos continuar brigando para manter todos os postos", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros. A empresa ameaçava demitir entre 1,5 mil e 2 mil funcionários.

* Com Agências

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