O governo está resistindo à pressão do setor têxtil para frear a entrada de roupas importadas no país por meio de uma salvaguarda para o setor de confecção. Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, a medida é muito "forte" e "abrangente" e não "resolveria o problema".
Em agosto do ano passado, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) encaminhou um pedido de investigação de salvaguarda para 60 itens do setor de vestuário, alegando que está ocorrendo um surto de importações de roupas no País. Estão na lista camisas, calças, vestidos, saias, roupa infantil, moda praia, roupa íntima e etc.
O pedido da Abit continua em análise no Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Ministério do Desenvolvimento, que não tem prazo para decidir se abre ou não o processo. A investigação só começa se o Decom entender que há indícios suficientes de que um surto de importação está provocando dano à indústria doméstica.
Os técnicos do ministério consideraram a petição "frágil" tecnicamente, principalmente em relação ao dano provocado pelas importações ao setor, e pediram mais dados. A reportagem apurou que o governo solicitou que os dados fossem atualizados para 2012 e que fossem incluídas pelo menos mais cinco empresas no processo, além das 35 que já abriram seus dados. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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