A Grécia deverá cortar sua meta para a receita de privatizações para 10 bilhões de euros (US$ 13 bilhões) em 2016 após não conseguir cumprir as metas anteriores estabelecidas pelas instituições de crédito internacional, informou o jornal Kathimerini, citando um esboço de um memorando de entendimento com os credores do país.
O governo grego estabeleceu uma meta de 19 bilhões de euros em 2016, como parte de um ambicioso plano para levantar dinheiro com uma série de privatizações e vendas de ativos nos próximos anos para reduzir a dívida. Mas o programa de privatização quase estagnou, prejudicado por uma profunda recessão, a redução dos valores dos ativos, a incerteza política e o nervosismo entre os investidores potenciais sobre o futuro do país dentro da zona do euro.
A Grécia levantou apenas cerca de 1,6 bilhão de euros no seu primeiro pacote de resgate em maio de 2010 e reconheceu que não conseguirá atingir a meta deste ano de 3 bilhões de euros com as privatizações.
Segundo o Kathimerini, a meta de receita com a privatização em 2020 deverá ser cortada para 25 bilhões de euros, enquanto a meta anterior de 50 bilhões de euros para essa data parece agora longe de ser alcançada. "Nós esperamos que haverá a necessidade de mais tempo (além de 2020) para alcançar a meta de 50 bilhões de euros, embora vamos proceder o mais rápido possível", afirma o esboço do memorando, segundo o jornal.
O Kathimerini também delineou um número de ações prévias que o governo grego precisa concluir antes que possa obter a luz verde para a próxima parcela de 31,5 bilhões de euros do empréstimo de resgate de 173 bilhões de euros da troica, formada por inspetores da Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, se reunirá hoje com dois parceiros da coalização governamental em uma tentativa de fechar um acordo para finalizar um pacote de medidas de austeridade de 13,5 bilhões de euros e outras reformas que a Grécia precisa adotar nos próximos dois anos para assegurar o recebimento da próxima parcela da ajuda emergencial. As informações são da Dow Jones.
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