SÃO PAULO – A greve dos trabalhadores das distribuidoras de gás de cozinha, em São Paulo e região metropolitana, iniciada em 29 de outubro, irá a julgamento desta terça-feira (13), no final da tarde, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), na capital paulista.
Na última quinta-feira (8), terminou sem acordo a audiência de conciliação entre representantes do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) e da Federação dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo.
Em nota, o Sindigás, sindicato patronal, mostrou otimismo em relação a sessão de hoje no TRT-SP. “A greve dos trabalhadores das empresas que envasam o gás de cozinha, em São Paulo, que se estende por mais de uma semana, pode terminar hoje”, prevê o comunicado.
O sindicato alerta para os possíveis problemas no abastecimento, caso a greve seja mantida. A entidade ressalta que a disponibilidade do produto nas revendas está inferior a 10% do considerado normal.
“Além do consumidor residencial, a greve começa a afetar os prestadores de serviços essenciais, como hospitais, clínicas e escolas que estão com o suprimento abaixo do patamar de segurança”, diz o comunicado.
Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 7,39%, cesta básica de R$ 310, participação nos lucros de 210%, percentual de hora extra de 100%, auxílio creche no valor de R$ 510 e vale-refeição de R$ 23 com 30 unidades.
Em comunicado à imprensa, o Sindigás disse que mantém a proposta que foi aprovada pela Federação Nacional dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo, mas rejeitada pelos trabalhadores de São Paulo: 6% de reajuste salarial e participação nos lucros de 160%.