Greve dos Correios turbina entrega expressa em BH

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
26/09/2012 às 13:19.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:36
 (Frederico Haikal/Arquivo)

(Frederico Haikal/Arquivo)

A greve dos funcionários dos Correios causa transtornos aos usuários, mas se revela um filão para empresas de entrega expressa. Em Belo Horizonte, algumas transportadoras contabilizam até 20% de aumento no movimento e nos lucros desde que os carteiros cruzaram os braços. A paralisação causou a suspensão dos serviços com hora marcada Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje e Disque-Coleta em vários Estados, inclusive Minas. “A paralisação dos Correios fez com que a gente conquistasse novos clientes”, revela Ênio Soares, gerente operacional da TDC Express, no bairro Aeroporto.

Segundo ele, a procura pelo serviço cresceu 20%, com destaque para a coleta de malotes de documentos. Na RA Transporte, no bairro São Francisco, graças à paralisação o incremento no lucro atingiu 10%. “O preço dos Correios geralmente é mais acessível. Mas com a falta do serviço, acabamos sendo uma boa alternativa”, diz o gerente de Transporte da RA, Arylson Alves Evangelista. A empresa possui 23 carros e é especializada em cargas fracionadas, como medicamento, produtos têxteis e eletroeletrônicos.

Com 40 motos e dois carros, a BH Jet também saiu ganhando. Desde o início da greve, os negócios expandiram entre 10% e 20%. “A demanda por distribuição de convites e comunicados em geral foi a que mais aumentou”, afirmou o proprietário Ronei Alcântara.

Reajuste

Os funcionários dos Correios pedem reajuste de 43,7%, alíquota que cobriria a inflação acumulada desde o Plano Real. A oferta dos Correios é de 5,2%. Os trabalhadores também reivindicam aumento de R$ 200 linear, tíquete-alimentação de R$ 35 e a contratação de 30 mil trabalhadores.  

 

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