O grupo Transportes, com alta de 0,18% ante queda de 0,34% em agosto, foi o principal responsável por pressionar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - dentro do IGP-M - e acelerar sua variação em setembro, que ficou em 0,49% ante 0,33% registrado em agosto, informou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dentro dessa classe de despesa, o destaque foi o item automóvel novo, que deixou o terreno negativo (-0,49%) para atingir alta de 0,54% no período.
Outras três classes de despesa registraram acréscimo em suas taxas de variação neste mês. O grupo Vestuário saiu de queda de 0,58% em agosto para alta 0,44% em setembro. Alimentação passou de alta de 1,00% em agosto e para 1,18% em setembro, enquanto Habitação variou 0,33% neste mês ante 0,29% no anterior. Os itens que, respectivamente, mais contribuíram para cada uma dessas classes de despesa foram roupas (de -0,85% para 0,43%), carnes bovinas (de -0,06% para 2,32%) e tarifa de eletricidade residencial (de -0,28% para 0,14%).
O grupo Educação, Leitura e Recreação desacelerou ao registrar variação de 0,10% em setembro sobre 0,54% em agosto. O destaque ficou com o item passagem aérea, que subiu 3,33% no mês passado e na leitura divulgada nesta quinta-feira apresentou queda de 3,95%. O grupo Comunicação passou de alta de 0,31% em agosto para avanço de 0,21% no período, influenciado pelos preços dos pacotes de telefonia fixa e internet, cuja variação em setembro foi de -0,10% ante alta de 0,65% observada em agosto.
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais desacelerou em setembro (de 0,43% para 0,38%), puxado pelos artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,52% para 0,19%). O grupo Despesas Diversas repetiu a taxa de variação apurada no mês anterior, de 0,24%, com alta de preços de clínica veterinária (de -0,05% para 0,60%) e serviço religioso e funerário (de 1,47% para 1,27%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou em setembro alta de 0,21%, abaixo do resultado de 0,32% em agosto. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços apresentou variação de 0,42% ante alta de 0,36% observada em agosto. O índice que representa o custo da mão de obra não variou em setembro, enquanto na apuração anterior havia subido 0,28%.
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